Papai Noel vive no Polo Norte, mas tem um irmão gêmeo em Santa Cruz que atende pelo nome de Jorge Rech
Crianças: vocês sabem que Papai Noel vive no Polo Norte e de lá parte com seu trenó e suas renas para levar presentes por todo o mundo, não sabem? Mas com certeza desconhecem que ele tem um irmão gêmeo que mora em Santa Cruz, e que atende pelo nome de Jorge Rech. Ele até se disfarça de empresário, mas sua identidade agora é revelada. Aliás, nem precisaria apresentar ele como Papai Noel, basta olhar para seu semblante. E se restar alguma dúvida, olhe também para o lado: sua esposa, Deni, conhecida como Nina, é ela… a Mamãe Noela.
A barba foi adotada por Jorge há cerca de 40 anos e, várias vezes, na praia, se deparava com crianças que apontavam, alvoroçadas: “olha o Papai Noel, mãe”. A mãe em questão tratava de desmentir, quem sabe até se desculpar com Jorge. Por quê? Se ele mesmo assumiu? “As pessoas me perguntam se estou me aprontando para o Natal, por deixar sempre a barba e o cabelo grandes. Minha resposta é sempre a mesma: eu não vou fazer o Papai Noel, eu sou o Papai Noel o ano inteiro, pois onde eu chego as crianças vêm falar comigo, vêm tirar foto”, frisa, ressaltando que viver e incorporar, de fato, este papel mágico dos festejos natalinos é muito mais do que garantir uma renda extra no fim de ano. É a vivência, é a fantasia, é a emoção de levar esta experiência para dezenas de lares, empresas, escolas, instituições.
Este será o quinto Natal que Jorge vive de forma mais intensa a figura do Bom Velhinho. E Nina, que sempre tratou de organizar a agenda e o roteiro para ser percorrido nos dias 24 e 25, há dois anos assumiu a identidade de Mamãe Noela. Depois de 46 anos de casados, o companheirismo também é vivido na personificação dos personagens-símbolo da maior festa cristã.
Hoje e amanhã, o casal Noel vai percorrer 15 casas, numa agenda que lotou já em agosto. Isso sem contar os eventos escolares, corporativos e sociais que acumularam desde novembro. Para visitar cada casa, os dois fazem o itinerário de duas a três vezes antes do Natal, para reconhecer a fachada, apontar características ou até mesmo fotografar. Porque no Natal é tudo cronometrado para não haver qualquer atraso. O casal Noel é pontual.
Apesar da correria que mantém Jorge e Nina ocupados até a madrugada, eles garantem: vale a pena. Em cada visita eles celebram o Natal e se divertem, se encantam, se emocionam. Teve uma vez que a menininha fez o pedido ao Noel para dançar com ela a dança do canguru. Ele não pensou duas vezes. “Já rolei na sala com as crianças. Já sentei no chão ao lado delas, para sair do ‘pedestal’ do Papai Noel. Na minha infância víamos um Noel com um saco numa mão e uma varinha em outra. Não quero esta imagem de Papai Noel severo, punitivo”, frisa Jorge. Ele vive um Papai Noel amigo, carinhoso, humano.
E nem só para as crianças, mas em suas andanças pelo hospital, como na ala da oncologia, assim como nas casas geriátricas e no Natal Solidário da Vila Schultz. Papai Noel cativa a todos, em qualquer idade.
De tantas vivências que poderiam resultar em livro, existem aquelas inusitadas, como quando saíram de dentro de um mato, com a meia-calça cheia de pega-pega, recorda Nina, para a visita em um piquenique de família. Também houve aquele momento emotivo, difícil até para o Noel controlar as lágrimas. Pois numa clínica geriátrica, certa feita, uma senhora na cadeira de rodas pediu a ele para voltar a andar. “Falei para ela que se ela quiser dar uma volta no quarteirão ou tomar um banho de chuva, ela pode, enquanto muitos outros estão acamados, sem conseguir sair do quarto”, recorda Jorge,assim como das palavras de gratidão em retribuição. Teve outra vez, no Natal de uma família com filho autista, que os pais orientaram, dizendo que seria “jogo rápido”, pois o filho não interagia. Ledo engano. Passados mais de 20 minutos de convívio, os pais estavam surpresos. “É a magia do Natal”, justifica o Bom Velhinho.
Jorge e Nina guardam com carinho dezenas de cartinhas recebidas, muitas com desenhos, outras com pedidos. E dessas recordações, guarda mais uma vivência: quando uma criança lhe entregou um livro de histórias, pedindo ao Noel que presenteasse uma criança carente para que ela pudesse ler. “Ainda não achei um termo exato que resuma esta sensação [de ser Noel]. Só posso desejar que as pessoas não deixem a fantasia do Natal morrer.”
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