A receita da Copame, que vem com sabor de solidariedade, tem longa história
Há quem vivencie o Natal pela decoração do pinheirinho, pelas canções do sapatinho na janela ou Noite Feliz, pela cartinha que o filho escreve ao Papai Noel, pelos rituais todos, pelo comércio, pelos aromas e pelos sabores. Os 13 colaboradores da padaria da Copame, a Associação Comunitária Pró-Amparo do Menor, de Santa Cruz, começam a entrar no clima natalino em novembro, quando a receita do panetone sai do papel e vai para o forno. Ainda que nem todos coloquem a mão, literalmente, na massa do panetone, os funcionários vivem a atmosfera que cerca esta produção, que leva mais do que os ingredientes básicos. Na bela caixinha do Copametone – nome dado como marca ao produto – constam farinha de trigo, pré-mistura de panetone, água, gema de ovo, fermento, frutas cristalizadas e uva passa, no caso do sabor tradicional, ou gotas de chocolate.
Mas quando seu Nilton Luis de Lima Marques, o padeiro que responde pela produção desta receita tradicional há 12 anos na padaria da Copame, coloca sua mão na receita, o recheio é repleto de afeto. Quando é questionado sobre o que vai, além dos ingredientes físicos, na tradicional receita dos Copametones, seu Nilton responde, sem hesitação: “dedicação, amor e inspiração devido à época natalina”, ressalta ele, que tem sua jornada de trabalho às noites. Nilton, assim como todos os demais que trabalham na padaria, não possuem qualquer contato com as crianças e os jovens que estão na Copame, mas sabem que um dos ingredientes da receita é a solidariedade.
“É com prazer que a gente faz, é para as crianças. Ninguém trabalha aqui de cara amarrada e isso contagia a todos. O Natal toca a gente, toca as crianças, e a equipe de trabalho faz com todo amor porque sabe que é para eles”, frisa a supervisora da padaria da Copame, Aline Machado. Para ela, que trabalha no setor administrativo, no dia a dia todo mundo se empenha para colocar o sentimento de que as crianças e os jovens que estão acolhidos na instituição são amados, ainda que ninguém que atue na padaria tenha contato com eles, no trabalho desenvolvido, “mas todos nós nos importamos”, salienta.
A comunidade também se importa, porque é solidária. Sabe que ao comprar os Copametones de 100 ou 500 gramas, que são produzidos sempre durante as noites e madrugadas pela equipe do seu Nilton, vai estar ajudando as crianças que estão acolhidas na instituição. Não é à toa que milhares de panetones são feitos a cada Natal – cerca de 6,6 mil em 2017 e 5 mil em 2018 – entregues para muitas empresas, entidades e pessoas físicas, que enxergam na receita típica de Natal uma forma de presentear colegas, colaboradores, amigo-secreto ou simplesmente degustar a iguaria doce do fim de ano. Com sabor de afeto, de carinho, de solidariedade.
Notícias relacionadas

FOTOS: Ruas de Fogo movimentam o Centro de Santa Cruz
A atração marcou a programação da 3ª edição do Festival de Balonismo e Manobras Radicais

Paixão de Cristo será encenada em Rio Pardo nesta sexta-feira
Espetáculo vai ocorrer ao ar livre e comunidade poderá conferir

Comitiva da Fenachim divulga festa em Porto Alegre com ação no Dia do Churrasco e do Chimarrão
O local escolhido para esse momento é o tradicional CTG 35

“Queremos fazer com que a festa seja da cidade, não só no parque”, diz Mathias Bertram
Presidente da 40ª Oktoberfest quer levar força da festa para os bairros e comércio local