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    Maiquel Thessing
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    Leandro Hoffmann: a língua alemã como ferramenta para buscar novos desafios

    Publicado em: 25 de junho de 2024 às 19:23
    Engenheiro de produção com ênfase em mecânica atua há 25 na indústria do tabaco | Foto: Pedro Thessing/Grupo Arauto
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    Engenheiro de produção da JTI está de malas prontas para se mudar com a família para a Suíça, e falar alemão foi o diferencial que possibilitou esta conquista

    O engenheiro de produção com ênfase em mecânica, Leandro Hoffmann, de 43 anos, atua há 25 na indústria do tabaco. O início foi na KBH&C Tabacos, em Vera Cruz, que foi comprada pela JTI em 2010. “Eu trabalhei na parte de leaf até 2017 na fábrica de processamento de fumo em folha e aí quando eles estavam construindo a fábrica de cigarro eu me mudei para Santa Cruz do Sul para ajudar”, lembra.

    Foi quando surgiu a oportunidade de se candidatar a um novo cargo, onde permaneceu durante seis anos aprendendo muita coisa nova. O desenvolvimento não passou despercebido à chefia, que encorajou Leandro a continuar buscando conhecimento e experiências no exterior. “Eu tenho muita experiência aqui no Brasil, conheço sobre fornecedores e projetos né, mas faltava essa experiência lá fora. A minha chefe atualmente é da Sérvia e ela me encorajou”, comenta.

    Engenheiro de produção da JTI está de malas prontas para se mudar com a família para a Suíça, e falar alemão foi o diferencial que possibilitou esta conquista | Foto: Arquivo Pessoal

    Uma vaga de gerente de engenharia surgiu na Suíça, para atuar em outra fábrica de cigarros da JTI e foi a oportunidade para o brasileiro alçar novos voos. Ele se candidatou e se admirou ao descobrir que um dos requisitos era ter conhecimento do idioma alemão. “Eu passei nos processos seletivos tive até um teste de conversação em alemão e fui muito bem. Para minha surpresa, na Suíça 60% da população fala alemão. Eles falam lá quatro línguas, mas o alemão é predominante”, aponta.

    O engenheiro tem certeza que o diferencial para conquistar a vaga foi falar a língua alemã, que diz não dominar, mas que aprendeu o dialeto desde criança com os avós. Ele cita também a professora Jaqueline Bender, da Auf gut Deutsch, e a esposa que também fala alemão. Como o dia a dia da fábrica é feito no idioma, os contratantes buscavam alguém que já tivesse contato com o alemão.

    A mudança da família para a Suíça agora só depende da chegada dos documentos da embaixada em São Paulo. Leandro, a esposa Noedia Seibert e os filhos Teodoro, de 8 anos e Leonardo de 17, devem partir em julho para a nova vida na Europa. O filho mais velho irá finalizar o Ensino Médio em uma escola internacional, em inglês, e o mais novo fará o ensino público em alemão.

    Apesar da distância, Leandro conta que os amigos e familiares estão felizes e orgulhosos com a conquista, assim como os filhos estão animados pelas novas experiências. A busca pelos novos desafios, e para seguir crescendo na vida profissional e levou a locais inesperados. “Lá no início eu não imaginava isso, mas sempre trabalhei forte, sempre fui muito comprometido, dedicado para ter novos conhecimentos”, relata.

    A mensagem que ele deixa é de valorização da língua alemã na região. “Tenham orgulho dessa língua que a gente aprendeu lá atrás com nossos avós e nossos pais. Isso é um diferencial, muito mais do que só a Alemanha, nós devemos preservar isso nas nossas famílias”, declarou, completando que sente orgulho por saber que os filhos agora vão aprender também o idioma dos antepassados.