Durante a Expoagro, os agricultores poderão conhecer as vantagens do silo secador de grãos
O agricultor que colhe seu produto, faz a pré-limpeza, seca e armazena o grão na sua propriedade tem uma série de vantagens em relação àquele que terceiriza essas etapas da cadeia produtiva de grãos. Durante a Expoagro Afubra, que ocorre em Rio Pardo, no Rincão Del Rey, até o sábado (26), os agricultores poderão conhecer as vantagens do silo secador de grãos, além de acompanhar todas as etapas do processo de secagem e armazenagem, as máquinas de pré-limpeza, o processo de carregamento dos silos, a estrutura e a construção do silo, “e também importantes etapas no manejo de grãos e de pragas de grãos armazenados”, diz o extensionista rural da Emater/RS-Ascar, Josemar Parise.
Ele explica que a qualidade do grão secado com ar natural é bem superior à do secado em altas temperaturas. Além disso, com a secagem e armazenagem na propriedade, o agricultor não tem custo com frete, nem com taxas de armazenagem, secagem, não tem quebra técnica também com taxas de expurgo. “Com isso, o agricultor, sendo dono do produto, consegue obter melhores preços no mercado, quando estes forem mais favoráveis, e também pela qualidade superior do grão. E ele tem posse do resíduo gerado no processo de pré-limpeza (grão quebrado), que serve para alimentar os animais”, salienta.
Embora o custo de construção dos silos varie conforme o tamanho, Parise afirma que, só com as perdas que o produtor deixa de ter em função de secar e armazenar o produto na propriedade, ele já paga os custos de construção em média de cinco a seis anos. “Os silos podem ser construídos em estruturas simples, como varandas de galpões, ou feita uma estrutura específica, porque o grão nesse espaço é seco e armazenado no mesmo local”, ressalta.
O agricultor Anderson Rafael da Silva Barros, de Santa Cruz do Sul, cultiva dois hectares de milho para uso na propriedade e construiu um silo com capacidade de 245 sacos. Ele explica que já armazenava o produto em sacos, mas tinha perdas significados pelo ataque de roedores e do caruncho. “Assim a gente produz e não tem perda, fica sempre milho novo. Valeu a pena, a gente está muito feliz com a construção do silo, foi um grande avanço. O benefício é muito grande, a qualidade que o produto tem, quando conservado numa temperatura ideal, é grande e a gente pode ter o produto sempre à mão, porque cada vez que tem que buscar o grão fora da propriedade sobe o custo”, afirma Barros.
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