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“Temos que pensar de fato na proteção do meio ambiente”, afirma presidente da Fecomércio

Publicado em: 24 de outubro de 2024 às 21:23 Atualizado em: 25 de outubro de 2024 às 07:02
  • Por
    Mônica da Cruz
  • Foto: Grupo Arauto
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    Luiz Carlos Bohn esteve nesta quinta-feira em Santa Cruz do Sul

    O presidente do Sistema Fecomércio Sesc/Senac esteve, na noite desta quinta-feira (24), em Santa Cruz do Sul. Ele conversou com a imprensa e falou, principalmente, das enchentes registradas em maio deste ano no Rio Grande do Sul e dos impactos do evento climático.

    Bohn salienta que os eventos estão sendo retomados em todo o Estado, após um período de restrição devido às consequências das cheias. Além disso, relembra que logo após o ocorrido houve bloqueio de verbas para a realização de ações. Porém, a medida logo foi revertida.

    “Vimos que isso deveria ser revertido, porque os eventos também movimentam a economia, especialmente dos pequenos negócios, e das áreas de serviço e turismo”, pontua. “A Oktoberfest, felizmente, ocorre no mês de outubro fora da enchente, mas estamos ainda em processo de recuperação, mas, principalmente, de recuperação do Estado, que vai demorar de três a cinco anos, e vai depender de muitos fatores”, complementa.

    Conforme o presidente da Fecomércio, um novo evento climático não é algo impossível ou distante, por mais que o último tivesse ocorrido em 1964. “O que aconteceu conosco, não culpamos ninguém porque são fatores da natureza. A mão do homem não consegue segurar os agentes da natureza, porém a mão do homem consegue estragar a natureza em relação à vida do homem”, analisa.

    Para Bohn, as preocupações com eventos climáticos serão mais frequentes, no entanto também é necessário uma maior conscientização e mudanças de comportamento. Ele destaca, ainda, que é preciso reconstruir o estado e as cidades atingidas de uma forma melhor, tirando empreendimentos e residências do foco da enchente, realizando o chamado “amortecimento” para os rios passarem. “Temos que pensar de fato na proteção do meio ambiente”, frisa.

    Apesar das preocupações e de todo o processo ainda necessário, o presidente da Fecomércio apresentou números positivos. Segundo ele, o varejo restrito, que são supermercados e hipermercados, cresceu 4,4% desde abril deste ano. Além disso, o varejo ampliado, que compreende automóveis e materiais de construção, teve crescimento de 11%.

    Os resultados, de acordo com Bohn, ocorreram porque houve injeção de recursos, especialmente pelos empreendedores que buscaram reconstruir seus negócios. “Estamos na retomada. A reconstrução é a consolidação, porque antecipamos recursos, porque tiramos da poupança, fizemos empréstimo. A reconstruçã do Estado vai depender do que vamos enfrentar, mas acredito que vamos vencer.”