Neste ano, mais de uma dezena de eventos contou com a fala do empresário da Excelsior, que destaca liderança, performance e saúde emocional
Além de se dedicar a capitanear a Excelsior Alimentos, o CEO Luiz Motta tem disseminado sua trajetória de vida e liderança como inspiração em diversas palestras que falam da sua carreira profissional, de alta performance e saúde emocional. Foi a partir do incentivo na própria empresa e em círculos de amizade que Mota aceitou os primeiros convites a palestrar, usando sua habilidade em comunicação, dicção e raciocínio, há cerca de três anos. Do primeiro convite, em Santa Cruz, as palestras foram surgindo com mais frequência e somente neste ano, mais de uma dezena já foi contabilizada.
A fala costuma ser sempre norteada pela própria trajetória: de estagiário a CEO da Excelsior, resume Motta, daquilo que entende como importante nesta vivência, como exemplo a auxiliar novas lideranças, um mentor, desempenhando um papel diferente para orientar essa nova geração que chega. “Hoje a gente está num momento bem diferente, as expectativas são outras, e precisamos perceber isso e entender o que as novas lideranças estão buscando”, frisa.
Das várias palestras, citou uma que lhe foi marcante neste ano, para mais de duas mil pessoas, ocasião em que pôde levar a grandeza da Excelsior e sua experiência pessoal para um público numeroso e causou repercussão. “Quando a gente fala com gosto e com vontade, a gente tem o poder de impactar positivamente a vida das pessoas”, disse. Nesta palestra Motta destacou sobre alta performance, mas sempre destacando que alcançar uma excelência que mantenha a saúde mental das pessoas de forma positiva. Usou o próprio exemplo familiar, do seu pai, deficiente físico que cresceu e conquistou muita coisa na vida, e frisou que resultado e sucesso nem sempre andam colados. “Ele venceu na vida, teve várias conquistas, mas em muitos momentos da vida acabou se escondendo, não se via como pessoa de sucesso”, ilustrou.
“A excelência só será excelência se não for às custas da saúde mental das pessoas. A gente precisa balizar as coisas”, reflete Motta. O CEO ainda sinalizou sobre o perfil em transformação das lideranças. Reconhece que é preciso manter o comando, controle, mas as pessoas precisam ter autonomia par desenvolver o propósito delas. Comparou a uma criança que aprende a caminhar: é preciso acompanhar essa autonomia, aprender a caminhar sozinha, a se desenvolver, dar os passos. “O processo não é rápido, não é fácil, mas as lideranças que estão investindo nisso, acredito que vão encontrar pessoas mais engajadas para atuar pela empresa”, disse.
Aos aprendizes que sonham em chegar a CEO, não existe fórmula mágica. Ela passa por muito trabalho, dedicação, resiliência, saber respeitar as pessoas, entender o momento de colocar as ideias, respeitar o processo, ser assertivo. Aceitar opiniões, rever erros, buscar mentorias, experiências, e continuar trabalhando. É uma série de coisas, explica Motta. “Se quiser chegar a CEO, a parte técnica é fundamental, mas a parte comportamental é indispensável, porque vai passar mais da metade do seu tempo lidando com pessoas”, conclui.