Na hora de preparar o chimarrão não faltam tipos de erva-mate, desde folhas mais amargas a compostas com chás
Passar a cuia de mão em mão é um momento tradicional de união e aconchego no Rio Grande do Sul. O ato especial é sinônimo de hospitalidade e de garantia de uma boa prosa. Na hora de preparar o chimarrão não faltam tipos de erva-mate, como a nativa, a moída grossa, a tradicional, a composta e a pura folha. Além disso, alguns detalhes são necessários para garantir o bom sabor da bebida.
Nesta data especial para os gaúchos, 24 de abril, dia do Churrasco e do Chimarrão, o diretor da Escola do Chimarrão e embaixador de Venâncio Aires, Pedro Schwengber, conhecido por Pedrão, detalhou em entrevista à reportagem os diferentes tipos de erva-mate disponíveis no mercado e as dicas essenciais para manter a qualidade do mate amargo.
“São seis tipos de erva-mate produzidas. Muda o gosto? Muda, mas cada um atende ao gosto da pessoa. O errado é não tomar chimarrão”, enfatiza Pedro Schwengber.
PURA FOLHA
É uma erva que não tem madeira, somente folha. O sabor é mais encorpado, mais forte. Esse tipo é mais consumido no Uruguai e na Argentina.
MOÍDA GROSSA
O diferencial está no tipo de moagem que é submetida após a desidratação e a secagem. O processo faz com que os pedaços das folhas sejam menos processados, mantendo o amargor.
TRADICIONAL
Nesse tipo, a erva é toda socada e é composta de 70% folha e de 30% palito, o que deixa o sabor em um nível de amargor intermediário.
NATIVA
Ela é colida em ervais sombreados e tem um sabor mais suave. O Paraná tem a maior quantidade de produção dessa erva.
COMPOSTO
É a erva com chás adicionados. Normalmente, com vários tipos de chás.
TERERÉ
É a mesma Ilex Paraguarienses. Tem mais palito do que folha e normalmente são ervas mais envelhecidas. Venâncio Aires tem produzido muito esse tipo e exportado.
CUIA
“São vários tipos, como de madeira, porcelana, vidro, plástico e inoxidáveis. Mas, a melhor cuia sempre é a de porongo. Porém, é algo muito pessoal. Digo sempre, se tu olhaste uma cuia e tu gostaste, dá um jeito de adquirir, pois ela é o cálice da felicidade. Tu gostando dela é uma parceira inseparável”, diz o diretor da Escola do Chimarrão.
Lavar sempre em água corrente, deixar escorrer a água e colocar ela deitada na horizontal, para circular o oxigênio.
BOMBA
“Todas as bombas de aço inoxidável são muito boas. Até hoje eu não peguei nenhuma bomba que não fosse boa”, ressalta.
O ideal é fazer a limpeza com uma escovinha, se for bomba de rosquear. Posteriormente, fazer uma concha com a mão e deixar correr água no sentido contrário, para tirar as partículas de erva.
ERVA
“Observar sempre a data de fabricação e não a data de validade, porque quanto mais nova melhor. Gostamos de uma erva-mate verdinha, com uma cor bonita e com um odor bom. Depois de comprar, coloque no freezer, o local mantém por mais de cinco anos a cor, o odor e o sabor”, explica.
ÁGUA
“A água precisa estar sempre em torno de 70 °C, quando a chaleira chia é mais ou menos a temperatura adequada. O ideal é usar sempre um termômetro, pois se a água ferver, não vai servir mais para o chimarrão”, relata.
ENTUPIMENTO
“O chimarrão entope por três motivos básicos: a bomba não é boa, não é de aço inoxidável, ou ela está entupida ou tem erva demais na cuia. O motivo mais comum é o excesso de erva no fundo. Por isso, cuidar a quantidade colocada”, comenta.
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