Schneider liderou os trabalhos à frente da Câmara por nove anos
Em reunião realizada, em Brasília, o secretário da Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), Romeu Schneider, foi eleito para presidir a Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Tabaco. Schneider liderou os trabalhos à frente da Câmara por nove anos e, nos últimos dois anos, durante o mandato do ex-prefeito de Venâncio Aires/RS, Airton Artus, atuou como consultor do órgão, ligado ao Ministério da Agricultura. Romeu Schneider, filho de fumicultores, com atuação na produção de tabaco, é ligado à Afubra há mais de 40 anos, primeiramente como gerente de filial e, há 34 anos, como integrante da diretoria da entidade. Como consultor da Câmara Setorial, no lugar de Schneider, foi escolhido Carlos Galant, diretor-executivo da Abifumo. O mandato como presidente da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Tabaco estende-se até 2019.
Conforme Schneider, uma das principais ações da Câmara Setorial será o combate ao mercado ilegal de cigarros. “Precisamos, com urgência, de ações efetivas no combate ao comércio ilegal. O governo tem atuado em ações que colaboram com o produto irregular, como o aumento dos impostos dos cigarros legais que, ao invés de aumentar a arrecadação, derruba as vendas”, enfatiza o novo presidente, ao lembrar que o mercado ilegal está cada vez mais forte, onde, atualmente, cerca de 40% das vendas de cigarros é dominada pelo mercado ilegal.
PRONAF
O Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) e suas restrições aos produtores de tabaco esteve em pauta na reunião. Segundo Romeu Schneider, uma audiência com o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, será marcada para debater a situação, que prejudica os fumicultores que não comprovam, anualmente, um percentual crescente de 30% a 50% de receita gerada por culturas paralelas ao tabaco. "Na avaliação da Câmara Setorial, essa restrição barra o desenvolvimento e compra de equipamentos para fomento de outras produções agrícolas e não fomenta a diversificação das lavouras de tabaco, saudadas com tanta ênfase por alguns órgãos do Governo”, explica Schneider.
PAUTA
O presidente da Câmara Setorial revela as preocupações do órgão. “Abordamos uma série de pontos que nos preocupam muito. Uma delas, a agenda regulatória da Anvisa sobre as embalagens genéricas que, a exemplo do aumento dos impostos sobre o cigarro legal, irá estimular o mercado ilegal. O acordo comercial do Mercosul, mais precisamente do Brasil, com a União Europeia, onde o tabaco brasileiro paga 18% para ser exportado para a Europa, enquanto países da África, que produzem tabaco, exportam sem tarifa. Isso irá impactar muito na exportação brasileira. Também preocupa uma lei que está para ser implantada na Indonésia, onde o governo daquele país quer que todo cigarro produzido localmente deva conter 80% de tabaco produzido lá, o que irá prejudicar a fumicultura brasileira”, comenta Schneider, enfatizando que a Câmara Setorial irá trabalhar em todos estes aspectos, solicitando a atenção do Governo Brasileiro.
Positivamente, Romeu Schneider destaca a certificação por parte do Mapa da Produção Integrada do Tabaco, onde mais de 500 produtores já contam com seus certificados. “Mais uma vez o setor tabaco sai na frente de outros setores. Para o futuro, essa certificação é excelente, já que dá garantias de origem e qualidade do tabaco”, avalia Schneider. Ele ainda destaca os dados positivos de uma pesquisa da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), apresentada pelo SindiTabaco, sobre a propriedade fumicultora. “Esses dados, de uma pesquisa realizada por uma universidade reconhecida, são importantes para apresentar os verdadeiros números e informações do setor, porque estes efetivamente representam a realidade”, conclui o presidente.
A próxima reunião do órgão está marcada para 16 de agosto, em Brasília.
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