Mobilidade urbana

Queda no número de usuários do transporte público preocupa gestores de Santa Cruz

Publicado em: 24 de janeiro de 2025 às 13:02
  • Por
    Kássia Machado
  • Colaboração
    Leandro Porto e Nícolas da Silva
  • Sem o subsídio público, valor da tarifa passaria de R$ 7 | Emily Lara/Grupo Arauto
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    Em 2014, a cidade contava com mais de 440 mil usuários. Atualmente, esse número é de 216 mil

    Foi divulgado, na semana passada, no Diário Oficial do Município, um decreto que dispõe sobre o transporte coletivo urbano de Santa Cruz do Sul. A tarifa calculada é de R$ 6,55, mas, com o subsídio público, auxílio financeiro fornecido pelo governo para reduzir os custos, os usuários continuam tendo que desembolsar R$ 4,45.

    Em 2014, a cidade contava com mais de 440 mil usuários. Atualmente, esse número reduziu pela metade, ficando em uma média de 216 mil. Em razão disso, com o congelamento da tarifa, o município passou a subsidiar esse valor.

    De acordo com o titular da Secretaria de Governança e Mobilidade Urbana de Santa Cruz, Vanir Ramos de Azevedo, a Administração Municipal está em uma situação financeira de muitas dificuldades, devido, segundo ele, à peça orçamentária recebida. O que vai impactar uma série de situações, inclusive o pagamento do subsídio. Conforme ele, o número de passageiros vai precisar subir e, para isso, a pasta vai precisar tornar o transporte público mais atraente para a população.

    “O subsídio não vai se sustentar por todo esse período. Então, a gente vai ter que discutir sobre essa questão. Diminuir esse subsídio, até o ideal que ele, talvez, nem existisse mais, no entanto, isso impacta diretamente o número de passageiros. A ideia é que a gente consiga construir, junto com o consórcio, soluções”, esclarece.

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    Segundo o secretário, sem o subsídio, o valor da tarifa seria R$ 7,19. “Ou seja, a gente já está com dificuldade de colocar passageiros nos ônibus. Se chegar nessa tarifa, realmente é algo que não se busca. A gente tem que procurar de forma muito criativa poder tornar esse sistema mais atrativo para que o custo da operação seja distribuído com mais passageiros, e a gente não precise chegar numa situação como essa”, enfatiza.

    No fim de fevereiro, deve haver novos encontros para retomar o assunto.