Enfermeira Micila Chielle, coordenadora do Cemas fala de sintomas e como descobrir doença
No Arauto Saúde desta semana, a entrevistada é a enfermeira Micila Chielle, coordenadora do Centro Municipal de Atendimento à Sorologia (Cemas) de Santa Cruz do Sul, que fala sobre a diferença entre HIV e AIDS, formas de prevenir e como tratar. Para iniciar, ela explica a diferença entre o vívus e a doença. “O HIV é o vírus causador da AIDS. Quando se fala que o paciente é portador do vírus, muitas vezes ele ainda não desenvolveu a doença, que é quando ocorrem sintomas, está doente, já está com as células de defesa baixa. Quando isso ocorre, o paciente não é mais portador do HIV somente, já desenvolveu a AIDS”, explica.
Mas como descobrir a doença? Micila aponta alguns sintomas: diarreia, cansaço, febre, suor, gripes. “Sintomas semelhantes a estados gripais”, salienta. Embora tenha sintomas, a profissional esclarece que leva cerca de cinco anos entre a contaminação e a descoberta do vírus. “Então, muitas vezes os sintomas são tardios”, reforça. “Por isso é importante as pessoas fazerem os testes rápidos, pois podem ser portadoras do HIV e não terem sintomas”, completa.
Hoje, as formas de contrair a doenção são via sexual, que pode ser vaginal, anal ou oral. “Mas os riscos não são só para contração de HIV, mas hepatites, sífilis e outras doenças”, aponta. Para prevenir, o método mais importante é o uso do preservativo em todas as relações sexuais, “seja vaginal, anal ou oral. O importante é a prática de sexo seguro”, avalia. A recomendação ainda é que se optar não utilizar o preservativo que realizem os testes rápidos e conheça a sorologia das pessoas com quem se relaciona.
Atualmente, a AIDS não tem cura e nem expectativa de cura, o que há são tratamentos com medicamentos diários. Em breve, há projeção de haver auto-testes . “Não temos ainda pelo Sitema Único de Saúde (SUS), mas existirão em breve”, afirma. Em outubro, Micila participou de treinamento promovido pelo Ministério da Saúde e foi anunciado que já estão começando o uso destes auto-testes. “Este teste deve ser via sanguínea. É uma picadinha no dedo, uma gota de sangue e teremos o resultado”, conta, já na expectativa de contar num futuro próximo com o método.