Conforme Daniela Dumke, Santa Cruz apresenta um cenário equilibrado em relação à doença
O cenário pós-pandemia de Covid-19 começa a ser ameaçado com uma possível nova onda da doença, provocada por variantes do coronavírus. Nas últimas semanas, assim como no Brasil, se acompanha o aumento de novos casos e óbitos pelo mundo, não da forma quando países atingiram picos da doença, mas dentro da atual realidade, o cenário começa a preocupar.
Na última semana, o Rio Grade do Sul identificou o aumento da circulação da subvariante BQ.1 da Covid-19 e identificou uma subvariante da ômicron, nomeada BE.9. A situação fez com que o Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs) elaborasse um novo informe com recomendações de atualização do esquema vacinal contra a doença e o uso de máscara em alguns casos, como, por exemplo, por pessoas com comorbidades, idosos e pessoas que apresentarem sintomas respiratórios.
Algumas cidades brasileiras já começam a readotar o uso de máscara em locais fechados como hospitais. Nesta quarta-feira (23) a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) voltou a exigir uso de máscaras em aeroportos e aviões, como forma de prevenção.
Em Santa Cruz do Sul, conforme a secretária de Saúde, Daniela Dumke, o cenário é de equilíbrio nos casos positivos da doença, bem como de internações. “Certamente estamos atentos acompanhando qualquer mudança de cenário, onde até então, não se observa qualquer alteração em condutas”, disse.
Ela frisa que ter o esquema vacinal completo é de extrema importância para o momento, bem como procurar uma unidade de saúde em caso de suspeita da doença. “As pessoas devem atentar-se para qualquer sinal ou sintoma gripal, procurando as unidades básicas de saúde.”
Atualmente, o cenário do município é de uma internação por conta da doença e outras 14 pessoas aguardando o resultado do exame. Realizando o tratamento domiciliar estão 58 pessoas, que não necessitam de internação.
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Casos graves de Covid-19 crescem em todo o país
O boletim semanal Infogripe da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) revela um aumento de casos de Covid-19 entre os registros de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) nesta semana. A situação é observada em todas as regiões do país.
Os dados atualizados apontam que – nas últimas quatro semanas epidemiológicas – a Covid-19 estava relacionada a 61,8% dos casos de SRAG com resultado positivo para alguma infecção viral. O vírus sincicial respiratório (VSR) representou 16,3% e a influenza A, 6,2%. No entanto, quando se observa apenas os quadros de SRAG que evoluíram a óbito, 93,3% estão associados à Covid-19.
Aumento na tendência
O levantamento traz, ainda, uma análise para as próximas três semanas (curto prazo) e para as próximas seis semanas (longo prazo). Em 15 das 27 unidades federativas, o cenário aponta para aumento na tendência de longo prazo.
Ao todo, já foram registrados no país 267.226 casos de SRAG em 2022. Pesquisadores da Fiocruz recomendam a retomada do uso de máscaras adequadas em situações de maior exposição, como transporte público, locais fechados ou mal ventilados, aglomerações e nas unidades de saúde. Além disso, lembram que a vacinação em dia é fundamental para diminuir o risco de agravamento da Covid-19.
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