Falta de número em residências da área rural pode ter ocasionado reprovação das informações no sistema do Governo Federal
A reprovação dos cadastros de famílias afetadas pela enchente no programa Auxílio Reconstrução, do Governo Federal, segue mobilizando a Administração de Venâncio Aires. Desde o último domingo (21), profissionais estão monitorando a situação e buscam alternativas para reverter as negativas da União.
Conforme a secretária de Planejamento e Urbanismo da Capital do Chimarrão, Deizimara Souza, no sistema do Governo Federal aparece uma mensagem informando que já houve uma família beneficiada no endereço em questão. No entanto, segundo ela, a situação não confere.

Segundo a Prefeitura de Venâncio Aires, algumas famílias aguardam há mais de 60 dias pela liberação de recursos | Foto: Mônica da Cruz/Arquivo/Portal Arauto
“Na nossa área rural, como em diversos outros municípios, as casas não possuem número. São apenas localidades e há alguns pontos de referência. Com relação a isso, a orientação que recebemos da União era para colocar apenas a localidade e foi o que fizemos. Mas na hora de analisarem, eles reprovam”, relata.
Deizimara explica que os cadastros foram feitos pelas localidades: Picada Mariante, Linha Chafariz, Picada Nova, em todos sem número de residência. “A primeira família de cada localidade cadastrada teve seu processo aprovado. As outras, porém, foram negadas justamente porque aponta que uma família já foi beneficiada, mas isso não confere. Não temos como colocar um número de residência quando isso só existe na área urbana da nossa cidade.”
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A situação, além de gerar preocupação por parte do Executivo, também provoca indignação. “Talvez o Governo Federal não tenha identificado a complexidade da situação. Nós temos muitas famílias na área rural que precisam desse benefício. E nossa maior ênfase é que mesmo diante de tudo isso não conseguimos uma reposta clara e ágil por parte do governo”, desabafa.
Segundo a secretária, o município fará o encaminhamento dos cadastros novamente à União. Para tentar resolver, o número gerado na hora do cadastro será colocado como número da residência. O objetivo é cumprir o prazo de envio, que termina na sexta-feira (26) e garantir o benefício para a população afetada. “Estamos lidando com a vida das pessoas e acho que o Governo Federal não entendeu a gravidade da situação no Rio Grande do Sul.”
Venâncio Aires também estuda entrar na Justiça contra o Governo Federal caso a situação permaneça desta forma e os cadastros sigam sendo reprovados.
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