Boa largada

Boa largada. Grêmio, Inter e mesmo o Juventude começaram bem o Campeonato Brasileiro. Nos três primeiros jogos, todos pontuaram bem e à exceção da derrota do Juventude para o Botafogo, competiram sempre. A dupla Gre-Nal briga na parte de cima da tabela e o time de Caxias pontuou para dar a largada bem longe da parte debaixo. É um campeonato longo e altamente exigente. Em que começar bem é sempre muito importante.
Inter pouco efetivo. O Internacional começou o Campeonato Brasileiro com duas vitórias, sendo a segunda delas fora de casa, contra o temido Palmeiras. Nos dois jogos foi um time muito sólido, bem estruturado e bem organizado taticamente e que soube definir estratégias de jogo adequadas para cada enfrentamento. Contra o Palmeiras, por exemplo, soube quebrar o ritmo do jogo, truncá-lo, ora se defender com agressividade, ora pisar no campo adversário e atacar. Mas mesmo nas vitórias, um detalhe chamou a atenção e acabou sendo crucial na derrota para o Athlético, no último domingo: a falta de efetividade ofensiva e o alto índice de desperdício das chances criadas. Em jogos equilibrados, este elemento pode ser determinante. E neste quesito, Borré tem se destacado negativamente, com um grande número de desperdícios. Tem falhado em chances muito, muito claras. Lógico que para um centroavante, pesa. É verdade também que com muita frequência basta um gol e uma retomada de confiança, para as coisas começaram e andar melhor. Mas neste momento, a ineficiência do ataque tem sido um problema a ser enfrentado.

Importância do grupo. Quando se constata o bom início de campeonato do Inter, mesmo com a derrota para o Athlético-PR, eventualmente se esquece da quantidade de jogadores importantes que estão fora do time por lesão ou por questões físicas. Fernando, Aranguiz, Valência, Alan Patrick e agora Vanderson, por exemplo. Baixas que impactam em qualquer grupo. Mas que no caso colorado são amenizados pela boa quantidade de alternativas e opções à disposição do treinador.
Vitórias para tranquilizar. Depois da derrota e, especialmente, do desempenho do Grêmio na abertura do Campeonato, contra o Vasco, o time do Renato fez dois jogos em casa. Nos dois, teve desfalques ou alterações importantes. E venceu bem, em jogos em que tanto para evitar maior pressão, quanto pelos adversários que enfrentou, vencer era fundamental. No último sábado, na Arena, recebeu o Cuiabá. Não fez um jogo de encher os olhos. Outra vez a defesa esteve exposta e deixou espaços para chances criadas pelo adversário. Mas pelo segundo jogo consecutivo, saiu sem sofrer gols. Porque, entre outras razões, é verdade que o Marchesín dá sinais de evolução e de retomada de bom ritmo. Mas o Grêmio, nos dois jogos, conseguiu ter um pouco mais de mobilidade no meio campo (será coincidência o time ser mais leve e mais móvel com a ausência do Pepê?) e atacou. Com Pavón, agora machucado e fora por algumas semanas, Soteldo, Gustavo Nunes, e Nathan Fernandes, tem agressividade pelos lados e cria bastante. Cristaldo vive bom momento tanto na transição ofensiva, quanto marcando gols. E assim, o Grêmio fez o seu dever de casa, venceu e vai para a batalha de La Plata menos pressionado. Mas precisando vencer. Uma derrota no jogo desta terça-feira na Argentina, virtualmente elimina o Grêmio da Libertadores.

Municipal. O Campeonato Municipal voltou neste final de semana, com resultados e definições importantes. Nos titulares, o Boa Vista manteve os 100% de aproveitamento o que lhe garantiu, por antecipação, presença nas semifinais e a liderança do grupo. Em seguida, uma disputa mais acirrada pelas outras vagas. Já os aspirantes, há um equilíbrio bem maior e mais equipes brigando por classificação. Na categoria, o campeonato está bem mais parelho tecnicamente.
Unico. No campeonato do União Corinthians, o Liverpool enfrentou o Celtic. Criou chances, desperdiçou boa parte delas, teve momentos de desatenção na parte final do jogo e perdeu por 2 a 1. Tem 1 ponto ganho nos dois primeiros jogos e precisará entrar de vez no campeonato, começar a pontuar e a impor sua qualidade. Que, no papel e na teoria, é muito grande. Precisa ir para o campo e para a tabela de classificação.