Apesar de Vera Cruz ocupar o segundo lugar regional no índice de permissão para dirigir, na prática, falta conscientização sobre regras do trânsito
Vale do Rio Pardo é exemplo quando o assunto é desempenho nos exames de permissão para dirigir na categoria B (automóvel). Com frota de 139,6 mil veículos, a região aprovou 85,2% de um total de 6.025 candidatos que prestaram a prova, entre julho de 2015 e junho deste ano, segundo dados do Detran/RS. Já no que se refere à categoria A (veículos de duas ou três rodas), Vale do Rio Pardo ocupa o terceiro lugar, com a aprovação de 96,8%, num total de 2.747 candidatos.
Assim como o Vale do Rio Pardo se evidencia no percentual de aprovações, dentre os seis municípios pertencentes a Associação dos Municípios do Vale do Rio Pardo (Amvarp) que possuem dados estatísticos sobre a aprovação nos exames de permissão para dirigir, Vera Cruz se destaca na segunda posição, com 88,8% das aprovações dos 367 candidatos na categoria B, através apenas de Candelária, que apresentou um total de 89,6%.
O município também fica bem posicionado na categoria A, perdendo apenas para Encruzilhada do Sul, que tem 100% das aprovações, enquanto Vera Cruz soma 97,6%. Apesar do Município ocupar a segunda colocação em ambas as categorias, de modo geral deixa a desejar quando o assunto é aprovação na primeira tentativa. Na categoria B foram 50,1% dos candidatos que passaram de primeira e 89,8% na categoria A.
Conforme explica o diretor do Centro de Formação de Condutores (CFC) Machaddo, Fredy Machado, na prática, por prova, o índice de aprovação varia entre 50 e 60%. Enquanto que na teoria este número chega a 95 e 100% no índice de aprovação. Estes números variam de acordo com uma série de fatores. Para a parte teórica, Fredy diz que tem investido em formação de pessoal para ministrar as aulas, o que contribui para bons índices. Já no que diz respeito à prática, o que influencia – e muito – é a troca de examinadores, condições climáticas no dia do exame e período do mês. “No dia da prova o aluno já está nervoso por saber que é o dia do exame. A avaliação dos examinadores também influencia, bem como o período do mês”, explica. “Temos percebido que no início do mês, quando há maior circulação de veículos, principalmente de caminhões de entrega e também circulação maior de pessoas, em que a atenção deve ser maior, faz com que muitos não aprovem”, completa. “Tem alunos que repetem a prova duas, três vezes”, finaliza.
NO TRÂNSITO, COMO FICA
Com bons índices de aprovação, desafio ainda é ver na prática todos os conhecimentos adquiridos durante o período de formação para se tornar um bom condutor. No entanto, Fredy Machado reforça que os bons ou maus hábitos no trânsito são muito mais comportamental, de hábito e educação do que está relacionado com a formação. “A aprovação hoje é muito técnica. Embora se fale de infrações e comportamento no trânsito, é muito pouco tempo para isso. Respeitar ou não as regras de trânsito é mais uma questão comportamental e de hábito”, frisa. “Exemplos já vem de casa, desde cedo”, avalia.
No início da tarde desta segunda-feira, dia 21, a equipe de reportagem do Nosso Jornal flagrou, entre as infrações durante período em que acompanhou a movimentação na rua Cláudio Manoel, a falta do uso do cinto de segurança em pelo menos metade dos condutores, bem como motoristas falando ao telefone.
Confira a matéria completa na edição desta terça-feira do Jornal Arauto.
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