A expectativa de empresa canadense é ter a vacina contra o coronavírus o final de 2021
A empresa canadense Medicago iniciou a fase 1 de testes de uma vacina feita com base em uma planta parente do tabaco. A fase é inicial, quando as empresas tentam comprovar a segurança de suas vacinas em seres humanos. Em um comunicado publicado em seu site, a Medicago afirmou que “está ansiosa para obter resultados positivos de segurança e imunidade já em outubro”.
O teste será feito de forma randômica duplo-cega — tipo de teste mais confiável para a comunidade científica, no qual nem médico nem paciente sabem o que é aplicado — com 180 voluntários saudáveis, homens e mulheres com idades entre 18 e 55 anos. As doses administradas serão de 3.75, 7.5 ou 15 microgramas. A expectativa da empresa é produzir 100 milhões de doses até o final de 2021.
A empresa, fundada a partir de uma parceria entre a Universidade de Laval e o Departamento de Agricultura do Canadá, tem atualmente a Mitsubishi Tanabe Pharma como principal acionista e a Philip Morris International como acionista minoritário e já trabalha há 20 anos na produção de vacinas utilizando plantas. Em 2019, a empresa concluiu os estudos fase 3 de uma vacina quadrivalente contra a gripe que utiliza a mesma tecnologia. Esta vacina está atualmente sendo revisada pelas autoridades reguladoras do Canadá.
A planta
Chamada Nicotiana benthamiana, a planta é nativa da Austrália e tem um sistema imunológico fraco que a permite guardar o material genético do vírus. A intenção da Medicago é utilizar a planta para produzir partículas parecidas com a do vírus, capazes de serem reconhecidas pelo sistema imunológico e estimularem uma resposta imunológica de maneira não infecciosa.
A nicotiana benthamiana tem um sistema imunológico fraco que a permite guardar o material genético do vírus. A intenção da Medicago é usar partículas parecidas com a do vírus cultivadas na nicotina. Os testes pré-clínicos, segundo a companhia, mostraram níveis altos de anticorpos neutralizantes com apenas uma dose.
*Com informações da Revista Exame
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