Nesta safra, em levantamento feito até sábado (16), 212 estufas já tiveram algum tipo de sinistro nos três estados do Sul
A cada dia, novos registros de incêndio em estufa de tabaco reforçam o alerta para a necessidade de cuidado. Numa média, na região de Santa Cruz do Sul, são cerca de 30 a 40 sinistros por safra – e até agora esse número já passou de 18 – vale atentar a algumas dicas, compartilhadas pelo gerente do Departamento Técnico de Mutualidade da Afubra, Alexandre Paloschi, entrevistado na manhã desta quinta-feira (21) no programa Direto ao Ponto, da Arauto News.
Alexandre explica que no Departamento de Mutualidade estão cadastrados oito tipos de estufa no auxílio, sendo que o mais recente é o da carga contínua. Entre as orientações e cuidados, a primeira está na manutenção preventiva, que precisa ser feita pelos produtores. Além disso, não improvisar andaimes, manter as tubulações em dia, porque do encontro do fogo com o oxigênio ocorrem incêndios; usar telas de proteção sobre os canos, não sobrecarregar as estufas; não ultrapassar as temperaturas recomendadas pelas empresas; nunca abrir as portas com temperaturas elevadas, verificar se a estrutura foi construída de acordo com os padrões da estufa são outras orientações compartilhadas pelo gerente.
Quando ocorre um sinistro, frisou Alexandre, que o proprietário avise o mais rápido a entidade, pois somente no momento da visita que vão visualizar as características da estufa danificada. Cada qual possui suas especificidades e a queima pode acontecer em qualquer tipo de estufa. Onde começa o problema? Alexandre explica que é no trocador de calor. Ao colocar lenha, aponta ele, o ventilador impulsiona o ar, e onde eventualmente tem furo, a fagulha cai dentro da estufa e espalha o fogo.
Nesta safra, em levantamento feito até sábado (16), 212 estufas já tiveram algum tipo de sinistro nos três estados do Sul. Em todo ciclo, normalmente o volume de registros vai de 700 a mil. Já na região de Santa Cruz, foram 18 queimas de estufa até sábado, e numa safra concentra em torno de 30 a 40. Em Camaquã, onde se planta mais do cedo, já tem mais casos de sinistros. No Vale do Rio Pardo, a estimativa é de que cerca de 40% da colheita esteja feita.
Alexandre faz questão de lembrar que o valor pago é um auxílio para o produtor, não um seguro. E o valor contratado, de R$ 232 pelo produtor, é coberto para casos de queima de estufa, raio, granizo, destelhamento, tudo isso dentro da época de colheita. A equipe busca fazer o pagamento o mais rápido possível para viabilizar a reconstrução ágil.
Outra preocupação no campo sempre é o granizo. Esse ano ocorreu mais cedo na região de Camaquã e mais tarde na região de Imbituva e Rio Azul. São 18 microrregiões abraçadas pela Afubra e em todas elas houve incidência, mas muito menos do que na safra passada, atesta Alexandre, ainda que com o clima, pode mudar o cenário a toda hora. São 6.090 atingidos nos três estados do Sul e 391 avisos na região de Santa Cruz.
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