RELIGIÃO

“Papa Francisco clamava muito por parar com as armas e viver o amor”, afirma padre da Diocese de Santa Cruz

Publicado em: 21 de abril de 2025 às 18:00 Atualizado em: 21 de abril de 2025 às 19:32
  • Por
    Emily Lara
  • Colaboração
    Eduardo Wachholtz
  • Foto: Divulgação/Agência Brasil
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    Padre Roque Hammes destacou contribuições do papa Francisco para a igreja católica

    O padre da Diocese de Santa Cruz do Sul, Roque Hammes, definiu o papa Francisco como um papa que foi marcante desde que foi escolhido para liderar a Igreja Católica. Jorge Mario Bergoglio, o primeiro papa latino-americano da história, morreu aos 88 anos, às 2h35 da madrugada desta segunda-feira (21).

    Para o padre Roque, a escolha do nome Francisco revelou desde o início as prioridades do pontificado: os pobres e o cuidado com o meio ambiente. “Ao assumir o nome Francisco, ele já mostrou qual seria o enfoque do trabalho dele. São Francisco de Assis é o patrono da ecologia e do meio ambiente, é aquela pessoa identificada com os pobres, que realmente mostrou para a igreja também a importância e a necessidade de ser pobre”, disse.

    O padre lembrou também do posicionamento firme de Francisco diante dos conflitos mundiais, como as guerras entre Rússia e Ucrânia e os ataques na Faixa de Gaza. “Ele sempre clamava muito por isto: vamos parar com as armas e viver o amor, o entendimento e o diálogo. Através do diálogo a gente consegue realmente um mundo de paz. Infelizmente, o nosso mundo não está preparado para isso ainda. Muitos dos nossos governantes gostam de guerra, porque guerra também tem o seu lucro. Existe toda uma indústria armamentista por trás e o Papa realmente clamava muito para calar as armas, fazer a paz, conversar e dialogar”, apontou

    Entre os marcos do pontificado, Roque destacou a encíclica Laudato Si’, voltada à preservação ambiental. O documento, segundo ele, ficará na história não apenas da Igreja. “É um documento que certamente vai ficar na história, não apenas da igreja, porque ele já foi discutido muito em outros lugares também. Ele foi escrito também com o auxílio de pessoas da ciência. Toda a questão do meio ambiente, que ele sempre insistiu muito, nós temos que cuidar da nossa casa comum. Nós vivemos nesta terra e esta é a nossa casa. Desta casa que nós temos que cuidar“, afirmou.