Preso obrigava companheira agredida a ir na biqueira comprar drogas para ele

Preso preventivamente na manhã desta sexta-feira (21), um homem de 23 anos agredia e ameaçava de morte sua companheira e os familiares dela, conforme investigações da Polícia Civil. Mais do que isso, os agentes identificaram que ele a obrigava a ir até uma biqueira – ponto onde vende drogas – para lhe comprar entorpecentes.

A ação acontecia por ele ter medo dos traficantes devido ao fato de já estar devendo a eles. E esta é só uma das violências sofridas pela vítima ao longo dos últimos anos. Em entrevista ao Portal Arauto, a delegada Lisandra de Castro de Carvalho detalhou o caso.

“No ano passado a vítima registrou ocorrência relatando que o acusado estava subtraindo bens da casa onde moravam e dos pais dela para trocar por droga. Além disso, a ameaçava e agredia com socos e chutes. Ela solicitou medidas protetivas, que foram deferidas”, relatou Lisandra.

Ainda segundo a chefe da Delegacia de Polícia de Vera Cruz, o casal reatou o relacionamento ao final do ano passado, porém essa aproximação ocorreu sob coação. “Ela alegou que teve de se reconciliar após sofrer ameaças de que se ela não voltasse, ele o agrediria e também os pais dela”, complementou Lisandra.

A sequência do caso foi o furto de um aparelho celular de parentes da mulher para trocar por entorpecentes. No início dessa semana, após nova separação, o acusado encontrou a vítima em uma parada de ônibus e a agrediu com socos no rosto e chutes na perna, terminando por roubar o celular dela.

Ainda, afirmou que no dia seguinte, na quinta-feira (20), iria na empresa onde ela trabalhava para pegar o vale-refeição que a mulher tinha direito. “De fato ele cumpriu as ameaças, esteve na empresa que ela trabalha e fugiu antes da chegada da Brigada Militar. Solicitamos a prisão dele ao Judiciário, que foi autorizada e cumprida”, finalizou a delegada.

O homem foi capturado em uma residência do Bairro Cipriano, em Vera Cruz. Após registro na delegacia, o acusado foi encaminhado ao presídio. O nome foi mantido em sigilo pelas autoridades policiais.