Dora e Hildor Waechter, de 79 e 82 anos, contam como fazem para que o amor ultrapasse as décadas
Há 60 anos, depois de um ano e meio de namoro, o casal Dora e Hildor Waechter, de 79 e 82 anos, diziam o tão esperando 'sim' diante do altar. No começo deste mês, eles realizaram uma celebração religiosa para marcar a data, seguida de uma festa com familiares e amigos. Em entrevista ao Portal Arauto, o casal relembrou de alguns momentos marcantes desta trajetória de muito amor e cumplicidade.
Os dois eram vizinhos, brincavam juntos no interior de Sinimbu, ele com seis anos e ela com três. Anos mais tarde, a aproximação se deu em um baile na localidade, após conversas na mesa e passos de danças. "Eu oferecia chocolate para ela e ela não queria", lembra Hildor. Mesmo com a negativa da amada, Hildor não deixava de admirá-la e lembra exatamente o que pensava quando a via nos bailes. "Eu achava ela tão querida", conta, com as feições de quem ainda é apaixonado.
Anos mais tarde, com o casamento, foram morar ao lado dos pais dela. Dora lembra com clareza os momentos difíceis em que passaram, sendo que um deles foi com a chegada do primeiro filho. "Nosso casamento foi em novembro e o fumo já estava plantado. Em agosto nasceu o primeiro filho, de cesariana. Não tínhamos plano de saúde e era tudo particular. Com a safra tinha sido comprada uma carroça e não sobrou muita coisa para pagar o parto. Quando cheguei em casa do hospital, o pai me deu um pacotinho com cinco mil ou cinco cruzeiros, não lembro qual era o dinheiro da época, para acabar com tudo", enfatiza, Dora. Dos ainda percalços da vida, o casal teve que enfrentar o câncer de mama de Dora. "Sempre tive a família do meu lado e ele também, que cuidava de mim, cozinhava", relembra.
Hoje, entre visitas dos filhos, brincadeiras com os netos e chimarrão com os vizinhos, o casal também gosta de ir em quermesses e fazer caminhadas, diariamente, pelo bairro em que moram em Santa Cruz do Sul, prática que gera comentários entre os vizinhos, pela disposição dos dois. "Estamos sempre juntos, ele não sai sem mim", fala, Dora.
A receita para tanto tempo apaixonados, passando por momentos ruins e bons, o casal acredita que seja o perdão, gesto que, segundo eles, existe muito pouco hoje entre os casais. "Em cada casal acontece, algumas vezes, alguma disputa. E muitos não perdoam. É preciso também muita paciência", completa a idosa.
Para completar, os dois se dizem ainda apaixonados. "Eu amo ela do jeito como ela está, gosto assim, me criei junto com ela e a amo de verdade", diz Hildor. "E eu amo ele, porque sempre esteve do meu lado, quando estava doente, me ajudando em tudo", completa Dora.
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