Descendentes dos primeiros imigrantes germânicos que chegaram a Santa Cruz enterraram cápsula do tempo para marcar o ano histórico
O ano de 2024 tem sido marcante pelas comemorações pelo bicentenário da Imigração Alemã no Rio Grande do Sul e, em especial, pelos 175 anos da chegada dos colonizadores a Santa Cruz do Sul. Dentre vários eventos realizados para marcar esse ano histórico, na manhã deste sábado (20), um deles vai deixar um legado para o futuro. Foi lançada oficialmente a pedra fundamental do Parque do Imigrante, o Immigrantenpark, numa realização da Associação dos Moradores do Bairro Linha Santa Cruz, Rotary Club Cidade Alta e Comissão Local do Bicentenário da Imigração Alemã, na Avenida Prefeito Orlando Oscar Baumhardt, em Linha Santa Cruz.
O presidente da comissão local pelos festejos dos 175 anos da imigração alemã, Paulo Trinks, destacou a importância desse projeto que não só resgata a cultura, mas também vai movimentar o turismo local. “Nas ações dos 175 e 200 anos, esse é um projeto que vai ser duradouro. Agora, com o lançamento da pedra fundamental, ele vai ser incrementado e vai contar a história dos nossos migrantes. Esperamos que muitos descendentes ainda virão para saber como foi e o que é a história da imigração alemã em Santa Cruz do Sul e região”, declarou.
Presente na solenidade também esteve o presidente da Comissão Estadual do Bicentenário da Imigração Alemã no RS, Rafael Gessinger. Ele destacou o pioneirismo de Santa Cruz ao resgatar a memória para valorizar o passado e ser mola propulsora do futuro. Um projeto turístico que se baseia na própria história, e impulsiona, projeta o futuro, o desenvolvimento, destacou. Além das falas, o evento foi marcado por outro momento especial: descendentes dos primeiros imigrantes germânicos que chegaram a Santa Cruz enterraram uma cápsula do tempo para marcar o ano histórico, e as autoridades descerraram a placa fixada junto à pedra fundamental.
O parque
O Immigrantenpark será construído em um terreno cedido pela Administração Municipal à Amorlisc, na Granja Municipal, em Linha Santa Cruz, junto ao cemitério onde estão sepultados dois dos primeiros imigrantes chegados à região em 1849.
No novo local está prevista uma vila colonial com igreja, uma casa do imigrante contendo um museu que apresentará itens que faziam parte do cotidiano dos imigrantes, um espaço para festas, armazém com produtos tradicionais, além de um celeiro para manifestações culturais. O objetivo é proporcionar aos visitantes uma experiência que os faça vivenciar como foi a vida antigamente. Isso incluirá a instalação de utensílios da época, como forno de fumo, forno de pão à lenha, prensa de cana-de-açúcar e um quintal com cultivo de frutas e verduras.
Além disso, outras duas atrações históricas também ficam em destaque – a réplica de um moinho com roda d’água e um veleiro utilizado pelos imigrantes pioneiros. Essas recriações prometem oferecer aos visitantes uma oportunidade de vivenciar a história da colonização alemã na região, permitindo que eles explorem e compreendam a importância desses elementos históricos que desempenharam um papel fundamental na vida dos primeiros colonos.
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