De Olho no Agro

Sementes certificadas são tema de campanha voltada aos produtores de tabaco

Publicado em: 20 de março de 2025 às 09:14
  • Por
    Portal Arauto
  • Fonte
    Assessoria de Imprensa
  • Sucesso das mudas são resultado direto de sementes certificadas | Foto: Junio Nunes
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    O SindiTabaco e suas empresas associadas lançaram uma série de materiais para conscientização dos produtores sobre as diferenças entre sementes disponíveis no mercado

    O Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (SindiTabaco) e suas empresas associadas, com o apoio das entidades representativas dos produtores de tabaco (Afubra, Fetag-RS, Farsul, Faesc, Fetaesc, Faep e Fetaep) realizam nos próximos meses uma campanha nas áreas produtoras de tabaco, visando aumentar a conscientização sobre o uso de sementes certificadas na produção de tabaco.

    Uma série de materiais sobre o tema estão sendo preparados e serão distribuídos no formato de card, folder, vídeo e spot. “O primeiro material que vamos divulgar é um card que será enviado aos produtores por whatsapp, ferramenta muito utilizada no campo e que tem um alcance muito bom e rápido. Também teremos um folder e um vídeo com mais informações sobre o que são sementes piratas e quais os prejuízos que esses produtos representam para a produção de tabaco”, comenta a assessora técnica do SindiTabaco, Fernanda Viana Bender.

    Segundo ela, a reputação do Brasil no mercado do tabaco vem de longa data e o controle sanitário é extremamente importante nesse sentido, especialmente para evitar a introdução de doenças. A segurança e as garantias ao produtor também ficam prejudicadas sem o uso de variedades certificadas porque sementes piratas podem afetar a qualidade e a produtividade do tabaco brasileiro e não estão cobertas pelo suporte técnico oferecido pelo Sistema Integrado de Produção.

    “Por não serem fiscalizadas e não passarem por rigoroso controle de qualidade e sanidade, trazem o risco de disseminação de pragas e doenças para as regiões onde o tabaco é produzido. Além disso, por não serem produtos legais, os produtores devem se atentar para possíveis penalidades pelos órgãos fiscalizadores, uma vez que o comércio de sementes sem o certificado é uma infração tanto para quem comercializa quanto para quem adquire”, acrescenta Bender.

    Ainda segundo a assessora técnica, as sementes piratas impactam negativamente a produção, seja por prejuízos financeiros ao comprometerem a produtividade e qualidade, mas também na quebra do contrato de integração e risco de não comercialização do tabaco. “Em casos de problemas de germinação, o produtor não terá garantias ou suporte técnico”, reforça.

    Para o presidente do SindiTabaco, Valmor Thesing, a proliferação irregular de insumos não registrados e não certificados pode gerar danos à reputação do produto brasileiro. “Somos o líder mundial de exportação de tabaco em folha há mais de 30 anos. Na área de sementes certificadas, o Brasil, que costumava importar sementes de outros países, atualmente é um exportador do produto. Para oferecer uma semente qualificada, que cumpre todas as exigências legais e sanitárias, são necessários vários anos de investimento em pesquisa e inovação. Temos acompanhado, com preocupação, o avanço das sementes piratas na produção de tabaco, o que traz diversos riscos ao produtor e ao setor como um todo. Recomendamos a todos os produtores de tabaco a não utilizarem sementes sem a devida procedência e a conversarem com o orientador agrícola em caso de dúvidas”, sugere Thesing.

    Leia também

    Por que optar por uma semente certificada?

    As sementes certificadas passam por um processo rigorosos de controle de produção, que assegura boas taxas de germinação, resistência e tolerância a doenças, bem como uma lavoura mais uniforme, com maior qualidade e produtividade.

    Como identificar sementes certificadas?

    As sementes certificadas possuem informações obrigatórias no rótulo da embalagem, como o número de registro RENASEM/MAPA. Além disso, as sementes peletizadas são uniformes, como o mesmo tamanho e cor, e sem sinais de mofo ou contaminação com materiais estranhos.

    Reforço na fiscalização

    Canais de denúncia podem ser importantes para intensificar a ação contra as sementes piratas em estabelecimentos agropecuários. Entidades de controle sanitário e vegetal dos três estados do Sul se uniram às entidades representativas da cadeia produtiva para auxiliar na fiscalização e conscientização sobre o tema. No Paraná, a ADAPAR possui uma ouvidoria que pode ser utilizada como canal de denúncia, pelo site: www.adapar.pr.gov.br/Pagina/Fale-com-o-Ouvidor. Em Santa Catarina, a CIDASC recebe denúncias pelo 0800 644 6510. Já no Rio Grande do Sul, denúncias podem ser feitas pelo [email protected].

    Sobre o SindiTabaco

    Fundado em 24 de junho de 1947, o Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (SindiTabaco) tem sede em Santa Cruz do Sul (RS), no Vale do Rio Pardo, maior polo de produção e beneficiamento de tabaco do mundo. Inicialmente como Sindicato da Indústria do Fumo, a entidade ampliou sua atuação ao longo dos anos e, desde 2010, passou a abranger todo o território nacional, exceto Bahia, Rio de Janeiro e São Paulo. Com 14 empresas associadas, as ações da entidade se concentram especialmente na Região Sul do País, onde 94% do tabaco brasileiro é produzido, com o envolvimento de 626 mil pessoas no meio rural, em 509 municípios. Saiba mais em sinditabaco.com.br