A feira de ciências veio à tona na minha lembrança porque nessa semana, em Vera Cruz, ocorreu a Mostra de Trabalhos Escolares
Imagino que as novas gerações não façam ideia do que era se preparar para uma feira de ciências, mas se participam das mostras do Verde é Vida ou da Unisc, mataram a charada. Lembrei disso porque nesta semana, em Vera Cruz, aconteceu a 1ª Mostra de Trabalhos Escolares. Diferente da feira de ciências, abraçou as diferentes áreas de conhecimento – ainda que as feiras de ciências também abriam esse leque para a diversidade de temas – mas por aqui, não existia essa pegada de competição e avaliação. Era para trocar conhecimento, ideias e inspirações. O que foi bem legal também.
Mas como sou de recuperar outros tempos, voltemos às minhas memórias… A feira de ciências era uma experiência comum e fascinante na minha época de criança. Aquele dia em que saíamos do “anonimato” de nossas salas de aula para expor os projetos que cada grupo desenvolveu perante toda a comunidade escolar. E mais do que apresentar e defender as nossas pesquisas, era uma exposição da gente mesmo, da nossa habilidade de falar em público e de convencer os professores das nossas ideias e pesquisas. Talvez naquela época até prevalecesse a timidez por ter que falar em público, mas sou eternamente grata a esses momentos que a escola nos proporcionava. De amadurecimento, de desinibição.
Pois bem, além de reunirmos os projetos de todas as séries no pavilhão da Comunidade (no meu caso, na Católica, pois estudei a vida toda no Anchieta), passávamos o dia todo apresentando e dava aquele friozinho na barriga quando passava a banca avaliadora. No fim da tarde, a expectativa pelo resultado: quais seriam os trabalhos melhor avaliados e dignos de representarem a escola na Feira Municipal de Ciências? Era muita alegria “passar” para a etapa vera-cruzense e ali conviver com estudantes de todas as escolas locais, ávidos para mostrarem seus conhecimentos.
E mais uma vez, no fim, o anúncio mais esperado: os projetos que levariam o nome de Vera Cruz para a etapa regional, que normalmente era em Santa Cruz. Eu lembro de ter ido uma vez para a fase regional. Junto da minha colega Daniela Thier, inseparável em todo trabalho, fomos apresentar nosso experimento envolvendo a cultura do tabaco, para mostrar as diferenças de desenvolvimento das mudas de fumo no sistema tradicional e no sistema floating, quando o assunto ainda era, de certa forma, uma novidade por aqui. E você, tem alguma lembrança da feira de ciências?