Um filme é um conjunto de cultura e aprendizado e pode mudar a vida e percepção de uma pessoa
Nesta segunda-feira (19) é comemorado o Dia do Cinema Brasileiro. Esta data, tão especial para a cultura nacional, é uma homenagem ao dia em que Afonso Segreto, o primeiro cinegrafista e diretor do Brasil, registrou as primeiras imagens em movimento no território brasileiro, em 1898.
Com o passar dos anos, o cinema brasileiro foi ganhando forma, passando por diferentes fases e produzindo obras importantíssimas para sua trajetória cinematográfica. Em 8 de julho de 1896, a primeira sessão de cinema foi realizada aqui no país. Mas, com a chegada dos novos streamings de vídeo, esses locais, que antes eram muito frequentados, sentiram o impacto desta nova era.
O cinema é um conjunto de cultura e aprendizado, um filme pode tocar e mudar a vida e percepção de uma pessoa. Assistir uma obra em uma sala de cinema é um diferencial, pois proporciona sensações que não são da realidade de uma pessoa em sua casa.
De acordo com a proprietária dos cinemas da cidade de Santa Cruz do Sul, Cristchie Bechert, as plataformas de streaming não impactaram muito na região, pois o público continuou apoiando e valorizando o setor. “Sempre houve a questão de assistir o filme em casa, mas lembramos sempre do diferencial que é assistir um filme no cinema. Continuamos firmes graças ao público que aprecia e valoriza a cultura e o cinema da região”, destaca.
Algo que é extremamente essencial para os cinemas são os Blockbusters. Eles são obras de entretenimento que alcançam grande popularidade, sucesso e enorme lucro financeiro. Todo setor tem seus altos e baixos e depende do produto vendido, então, quando há um filme mais mediano, acabam por ter prejuízo, mas quando há um Blockbuster, ele acaba trazendo público e proporcionando uma rotatividade.
Cristchie vê um grande futuro para o cinema. De acordo com a empresária, a tendência é que cada vez o negócio evolua, graças à facilitação do acesso nos tempos atuais para as pessoas. “O setor está sempre se aprimorando, evoluindo e modernizando. A cada lançamento parece que estão mais próximos de nós, mais realistas”, afirma.
A empresária ainda conta que o cinema não pode simplesmente exibir o que ele quer. Existe uma série de padrões que precisam ser seguidos, como condições comerciais, contratos, números e horários que precisam ser cumpridos para a exibição de um filme.
No Brasil há a “Cota de Tela”, que funciona como uma meta de exibição de filmes nacionais. Todos os anos um número mínimo de sessões de filmes brasileiros precisa ser exibido. Há um tempo essa obrigatoriedade era vista como algo difícil de conseguir, mas com a evolução do cinema brasileiro a realidade mudou. Hoje, se tornou fácil e leve cumprir essa questão, justamente pela excelência do filme nacional.
Conforme Bechert, o cinema nacional hoje é procurado e muito bem visto. “Temos excelentes filmes nacionais que formam filas imensas. Há muitos filmes nacionais no top 10 vendidos de bilheteria, um exemplo são os filmes do Paulo Gustavo, todos foram muitos destacados e grandiosos”, finaliza.
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