Adriana Helfer destaca que trabalhadores do comércio possuem jornada exaustiva, por isso apóia aumento do descanso
A possibilidade do fim da jornada de trabalho 6 por 1, que agora vai tramitar na Câmara dos Deputados, motivou a reflexão da presidente do Sindicato dos Comerciários de Santa Cruz, Adriana Helfer, no programa Direto ao Ponto desta segunda-feira (18), na Arauto News. Ela considera essa uma pauta antiga do movimento sindical e tomou força recentemente também por força dos trabalhadores. Adriana acredita ser uma pauta muito pertinente, pois o setor atua nessa jornada, e a discussão com ênfase ainda mais neste fim de ano, “porque parece que os empresários daqui andam na contramão da realidade do resto do país e do mundo, porque na Europa nem se discute trabalhar em domingos e feriados”, reflete.
Adriana acredita que não vai tramitar rápido, porque existem todos os trâmites da PEC, mas enxerga cada dia mais gente se mobilizando. para a sindicalista, comércio e serviços são as áreas mais afetadas. “Vamos lutar, brigar, para que a gente diminua essa jornada”, reforça Adriana, dizendo que o Sindicato pretende se unir aos movimentos da cidade em busca dessa aprovação e que a jornada 5 por 2 (cinco dias de trabalho e dois de folga) seja a mais próxima de se conseguir avançar. Também na discussão da pauta do Sindicato local está o calendário de fim de ano, quanto à liberação dos trabalhos nos domingos e feriados, em que há o posicionamento firme da entidade.
“Nossa jornada no comércio é muito exaustiva, os trabalhadores estão doentes, está havendo dificuldade de contratação porque as pessoas não têm mais qualidade de vida, não tem lazer, mães não conseguem ver seus filhos crescerem, convívio em família, enfim, qualidade de vida. Que a gente trabalhe para viver e não viva para trabalhar”, sublinha.
Fim de ano
Também, Adriana comenta que se discute a redução em jornadas e abertura do comércio em domingos e feriados, especialmente agora para o fim do ano, quando existe toda a expectativa de incremento nas vendas pelo comércio em função do Natal. “O que gira a economia é o dinheiro. Não é o tempo de abertura das lojas”, opina ela, contrária à abertura nos domingos e feriados. Reconhece dificuldade em conseguir construir um calendário definido e com ganhos aos trabalhadores, mas essa organização vem a contribuir com as empresas e colaboradores.