Subvariante da ômicron, chamada BQ.1, já foi detectada no RS. São nove os casos confirmados até o momento
O governo do RS confirmou na última quarta-feira, dia 16, nove casos da subvariante BQ.1 no estado. A primeira incidência do vírus havia sido divulgada no dia 6 deste mês, e foi constatada por meio de sequenciamento genômico realizado pela equipe de vigilância genômica, das quais fazem parte a Secretaria Estadual da Saúde (SES) e o Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs). A primeira amostra analisada foi coletada de um paciente que reside na região metropolitana de Porto Alegre. As demais são de indivíduos de Porto Alegre e Santa Maria.
De acordo com informações divulgadas no site do Governo do Estado, a BQ. 1, sublinhagem da variante ômicron, tem mostrado uma elevada capacidade de transmissão se comparada às outras sublinhagens do coronavírus que circulam atualmente no Brasil. E tem sido relacionada a novas ondas de casos de Covid-19 em diversos países da Europa e América do Norte. Essa variante vem sendo relacionada ao aumento de casos e acomete, em maior número, os indivíduos que não dispõem o esquema vacinal completo. “A variante BQ.1 tem apresentado uma capacidade de transmissão que preocupa as autoridades de saúde. A principal preocupação é em relação àquela parcela da população que está em atraso ou não fez as doses de reforço da vacina contra Covid-19”, considera o coordenador da Vigilância Genômica no Cevs, Richard Steiner Salvato.
Diante deste registro, o RS entrou em estado de atenção contra a subvariante BQ.1. A decisão foi tomada em reunião no Gabinete de Crise, realizada dia 10 de novembro, e está associada à alta recente de infecções de Covid-19 no exterior. O Estado informou que não vai emitir alertas e nem avisos, mas reforçará o acompanhamento do cenário.
Vacina é a principal proteção
A principal proteção contra a nova cepa continua sendo a vacina contra a Covid, alerta Arita Bergmann, secretária estadual da Saúde. “Para não dar chance ao vírus, vamos cuidar da nossa saúde e dos outros. A Covid-19 ainda não acabou. A diminuição de casos graves e hospitalizações que observamos nos últimos meses é o reflexo direto da vacinação da maior parte da população. No entanto, a diminuição do número de pessoas com as doses de reforço em dia pode levar ao aumento de casos graves”, revela, ao pedir à população reforço nos cuidados individuais.
Segundo Arita, 3 milhões de gaúchos estão em atraso com a primeira dose de reforço contra a Covid, equivalente à terceira dose, segundo o painel de Acompanhamento Vacinal da Secretaria da Saúde. Por conta desse quadro, ela orienta a quem ainda não se vacinou que procure se imunizar.
Vera Cruz
Em Vera Cruz, com 90,1% da população vacinada, é possível constatar a diminuição na adesão das pessoas a cada dose de reforço do imunizante. Em contato com a 13ª Coordenadoria Regional de Saúde (CRS), a enfermeira Gilmara de Campos, técnica epidemiológica da instituição, recomendou medidas que podem impactar na diminuição do contágio. Ela frisa a importância de procurar as unidades de saúde para completar o esquema vacinal. “Esta ação é primordial neste momento, já que a nova variante tem se mostrado com mais capacidade de transmissão se comparada às demais”, aconselha.
Se precisar, vá de máscara
Além disso, a técnica orienta que pessoas com sintomas respiratórios retomem o uso de máscaras e evitem aglomerações, o que vale também para a população em geral quando estiver em locais com baixa ventilação ou com risco de aglomeração. Outra medida recomendada para este momento é a ampliação da testagem frente à manifestação de quaisquer sintomas gripais.
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