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“Aquela região vai ficar fantasma”, lamenta prefeito de Candelária sobre deslizamentos e áreas de risco

Publicado em: 17 de maio de 2024 às 08:58
  • Por
    Eduardo Elias Wachholtz
  • Foto: Corpo de Bombeiros Voluntários de Candelária
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    As enchentes, os deslizamentos e as fortes chuvas registradas na região deixaram um rastro de destruição. Em uma transmissão ao vivo nessa quinta-feira (16), através das redes sociais da Prefeitura de Candelária, o prefeito Nestor Ellwanger atualizou as ações que estão sendo adotadas para minimizar os impactos deixados pela força da natureza e disse que o cenário é de devastação em algumas localidades no interior do município.

    Aquela região da Linha Facão vai ficar fantasma”, lamentou o gestor. De acordo com o prefeito, restará pouco além da propriedade do falecido Bino, às margens da ERS-400. “Acho que vai ficar só aquela, o resto já deitou o cabelo. Não sobrou nada mais. Aquela região, aquele trecho que vinha antigamente para a cooperativa, não sobrou nada”, descreveu.

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    Na transmissão, que está sendo feita todos os dias no início da noite, o chefe do Executivo também mencionou a situação no Passa Sete, especialmente a condenação de propriedades, incluindo uma agroindústria de melado e cachaça, por conta dos riscos. “Ele vai ter que sair de lá, vai ter que tirar o que pode e ir embora. Uma propriedade bonita, um grande investimento, vários anos de luta e, agora, tem que ver para onde vai”, lamentou.

    Além disso, o prefeito falou sobre os deslizamentos na Linha do Salso, onde casas, galpões e até mesmo fornos de fumo foram destruídos. “A metade do Salso vai ter que ir embora. E não é só Candelária. Nosso vizinho aqui, Cerro Branco, também terminou. Olha a situação, por exemplo, de Porto Alegre, Canoas, Sinimbu, Muçum, Roca Sales, Cruzeiro do Sul, Arroio do Meio, Estrela. Mas o que a gente vai fazer? Tem que erguer a cabeça. Devagarinho, vamos chegar lá”, afirmou.