SANTA CRUZ

Projeto Gente que Costura Amor leva geração de renda e bem-estar à mulheres em situação de vulnerabilidade

Publicado em: 17 de fevereiro de 2025 às 20:01
  • Por
    Portal Arauto
  • Fonte
    Prefeitura de Santa Cruz do Sul
  • Foto: Isabel Corralo
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    Oficina ocorre nas dependências do Cras Beatriz Frantz Jungblut, no Bairro Santa Vitória

    Recomeçaram na manhã desta segunda-feira, dia 17, nas dependências do Centro de Referência em Assistência Social (Cras) Beatriz Frantz Jungblut, no Bairro Santa Vitória, as aulas da oficina de costura criativa do Projeto Gente que Costura amor. Atualmente 12 alunas estão inscritas e a atividade acontece duas vezes por semana, nas segundas e quartas, com uma turma no turno da tarde e outra na parte da manhã. O projeto, além de ensinar uma atividade que pode vir a ser uma alternativa para o incremento da renda familiar de mulheres em situação de vulnerabilidade social, funciona também como terapia ocupacional.

    A professora Maisa Winck Esteves, que já atuou como voluntária no projeto anos atrás, hoje é contratada pela prefeitura para ministrar as aulas e frisa que a atividade já fez diferença na vida de muita gente que por ali passou. “É muito importante quando a gente tem algo que nos move, que nos faz levantar da cama feliz todas as manhãs. Tive uma aluna que chegou aqui bem deprimida, até com pensamentos suicidas e isso aqui mudou a vida dela”, destacou.  Durante o tempo que permanecem na oficina, as alunas aprendem a fazer uma infinidade de peças para simples ornamentação ou utilidades domésticas. Neste primeiro dia de aula, a professora expôs uma variedade de itens com a temática da Páscoa para servirem de modelo para as futuras criações. Sobre a mesa, coelhos coloridos de todos os tipos e tamanhos, aventais, luvas de pegar panela, necessaire, frasqueiras, niqueleiras etc.

    A cabeleireira e manicure, Elizabete Santos de Matos, 50 anos, moradora do Loteamento Beckenkamp, há cerca de um ano frequenta as aulas no Cras Beatriz e acredita que a mudança na rotina está fazendo diferença na sua saúde emocional. “Eu venho pra cá e esqueço do mundo. Antes eu tomava medicação, estava entrando em depressão”, desabafou ela que resolveu levar junto uma amiga para compartilhar com ela os momentos de interação e aprendizado.

    Foi assim que, desde agosto, a dona de casa Michele Machado Tatsch, 38 anos, começou a frequentar a oficina e agora faz da atividade um hobby para aliviar o estresse do dia a dia. Com duas crianças em casa, uma de 4 anos e outra de 9, sobra pouco tempo para cuidar de si. “Faço para me distrair mesmo, sair um pouco da rotina porque antes ficava só em casa”, observou. Ela tomou tanto gosto pelo artesanato, que agora não para de produzir e chega a levar seus próprios materiais para fazer peças em maior quantidade.

    Voluntariado – Embora a sala onde estão as máquinas de costura comporte mais alunas, as aulas ficam por conta de uma única professora, então não há no momento como aumentar as vagas, já que a prática requer acompanhamento quase que individualizado. De acordo com a secretária municipal de Desenvolvimento Social e Inclusão, Fátima Alves da Silva, o voluntariado seria mais que bem-vindo. “Seria muito bom se tivéssemos a colaboração de alguma costureira voluntária que pudesse dedicar algumas horas para ensinar outras mulheres”, sugeriu.

    A prefeitura fornece os materiais para a oficina de costura criativa, mas a comunidade também pode auxiliar com doação de tecidos e outros itens de costura. As peças produzidas durante as aulas são comercializadas e os recursos destinados às confraternizações de final de ano. Para doações, basta entrar em contato com o Cras Beatriz pelo (51) 3120 4065.