Inflamação pode ocorrer em qualquer idade, porém, nos idosos há mais propensão
A labirintite é considerada uma alteração no labirinto. Para falar sobre o assunto, o Arauto Saúde desta semana entrevistou a fonoaudióloga Paula Barros. Para iniciar, a profissional reforça que existem várias alterações do labirinto, que causam por vezes os mesmos sintomas e por vezes são causadas pelas mesmas coisas. “A labirintite é uma inflamação do labirinto e a causa dela é bem rara”, salienta. “Outra alteração que as pessoas conhecem muito é o deslocamento dos cristais no labirinto”, sublinha. “Dentro do labirinto temos alguns cristais, que são minúsculas pedras, semelhantes aos que se deslocam, chamada de vertigem paroxística posicional benigna”, completa. Conforme Paula, é um dos tipos de labirinto mais comum e que é mais fácil de tratar. Além disso, existe a alteração hipofunção labiríntica. Ou seja, é quando um labirinto não está funcionando adequadamente. “O labirinto da direita e da esquerda devem trabalhar juntos, iguais”, reflete a fonoaudióloga. “Quando ocorre essa diferença, ocorrem alguns sintomas das alterações do labirinto, que podemos chamar de labirintite”, frisa.
A labirintite não tem idade para ocorrer. Os idosos, porém, têm maior propensão, porque assim como o corpo, o labirinto envelhece e enfraquece. Já as crianças são mais difíceis de ter. No entanto, há chances. “Nas crianças o que vemos muito e podemos considerar uma alteração do labirinto quando elas têm dificuldades de andar de carro e ficam enjoadas, ou quando viajam, andam de ônibus e ainda quando fazem algum deslocamento maior”, aponta Paula. As crianças que têm labirintite vão se sentir mal em movimento. “Mas ao mesmo tempo, como é uma imaturidade do sistema vestibular deve ser estimulado. Diferente do que muitos pensam, deve-se estimular para ocorrer a maturação correta do sistema”, esclarece.
Para aquelas pessoas que sabem que têm labirintite é importante manter hábitos saudáveis, ter uma alimentação saudável e praticar exercícios físicos e, principalmente, cuidar os excessos, conforme Paula. “Evitar excessos de frituras, de gorduras e cafeína. Por que a cafeína? Pois é um produto que mais afeta o labirinto”, avalia. “Às vezes, nem percebemos que existem alimentos com cafeína, caso de alguns chás, chocolate, chimarrão, além do café”, acrescenta. Para quem tem labirintite ou tem propensão é melhor evitar estes tipos de alimentos, aconselha.