Intenção é apresentar importância da instituição para os novos prefeitos a partir do número de atendimentos de pacientes de cada cidade
Na semana marcada pelo anúncio de mudanças na gestão do Hospital Santa Cruz, em que após 10 anos, Vilmar Thomé deixa a direção geral para Rolf Fredi Molz, que até então era pró-reitor acadêmico na Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), a Arauto News recebeu para entrevista o presidente da Associação Pró-Ensino em Santa Cruz do Sul (Apesc), Rafael Henn, assim como Rolf e Thomé, que permanece como um interlocutor da instituição com os poderes públicos. Um dos desafios históricos, por causa da defasagem da tabela SUS, é a manutenção da instituição hospitalar. Por isso, um estudo foi feito para identificar a importância que o HSC tem para os municípios da região e, assim, a direção deve tentar sensibilizar os novos prefeitos para aumentar a arrecadação.
Thomé explicou que ao longo dos anos em que a Apesc está no comando da instituição, foi formatada uma visão de estruturação de projetos para captação de recursos no município, na região, estado, e União, com emendas parlamentares e entidades. “Acabamos somando o recurso padrão, o recurso vindo por ser um hospital universitário e os projetos”, resumiu. Mas a busca é permanente pela complementação.
Por isso, frisou Rafael Henn, ainda que seja o município de Santa Cruz quem faça o aporte financeiro ao hospital Santa Cruz, como instituição de saúde regional, que atende 25 municípios da região, englobando aproximadamente 500 mil pessoas, essa receita poderia aumentar. Foi feito um trabalho de avaliação com todos esses municípios de abrangência, que envolvem a 13ª e a 8ª Coordenadoria Regional da Saúde, tendo como base o ano de 2023.
Um verdadeiro diagnóstico de uso por parte dos municípios: quantos pacientes se deslocaram para o HSC, que tipo de procedimento foi feito, se teve internação, tempo de permanência, enfim, detalhando a importância que a casa de saúde tem para cada município. A partir disso, salienta Henn, a intenção é procurar cada gestor municipal, assim que o novo mandato iniciar, e apresentar os dados. Dos 24 municípios, tirando Santa Cruz, oito ou nove correspondem a 80% desse volume de atendimentos, estima ele.
“Nosso objetivo é sensibilizar os novos gestores, mostrar a importância de um hospital regional, mostrar que se um paciente não vier para Santa Cruz tem que deslocar para outro município mais distante. Acreditamos na sensibilidade dos prefeitos”, completou o presidente da Apesc e reitor da Unisc, destacando que a contribuição financeira dos municípios se somaria a um recurso importante para a manutenção do HSC.
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