Fisioterapeuta e instrutora de pilates, Luísa Scotta, fala sobre o tema
A lesão por esforço repetitivo (LER) é um problema osteomuscular que pode levar a consequências mais graves se não tratado desde seu estágio inicial. Nessa semana, a convidada do Arauto Saúde é a fisioterapeuta e instrutora de pilates, Luísa Scotta, que vai falar sobre o tema.
Os distúrbios mais comuns relacionados à lesão por esforço repetitivo, segundo a profissional, são as tendinites e a síndrome do túnel do carpo. Entre as regiões afetadas está a dos membros superiores, do dedo e do pescoço, mas também pode se estabelecer na lombar. “Qualquer região do corpo pode ser afetada, desde que ela esteja exposta a um tipo de mecanismo traumático de forma contínua”, explica Luísa.
A pessoa que está com LER ou numa fase inicial desse problema pode sentir dor. Pode ocorrer também processo inflamatório, formigamento, diminuição da amplitude de movimento e alteração da capacidade funcional da região do corpo afetada. Além disso, a profissional explica que processos psicológicos, como insatisfação no local de trabalho ou qualquer outro fator emocional, podem afetar diretamente nos sintomas que a pessoa apresenta e na percepção da dor. Se o paciente não ficar alerta aos primeiros sintomas que o corpo apresenta, ele pode chegar a incapacidade.
De acordo com Luísa, existe tratamento, que pode ser de forma conservadora ou, em casos mais graves, com procedimentos cirúrgicos. “O mais importante é ficar alerta aos primeiros sintomas, porque se não a evolução desses sintomas pode causar a incapacidade tanto de atividades no dia a dia como da função que a pessoa executa no seu trabalho”, afirma. É a partir do diagnóstico preciso que o tratamento começa a ser realizado. Entre as opções, o fisioterapêutico é muito importante, segundo Luísa, mas há também o tratamento medicamentoso e a indicação de órteses. Contudo, a escolha da terapia aplicada vai depender dos sintomas que a pessoa apresenta. Para evitar que a LER se estabeleça, alguns cuidados podem ser tomados.
A dica da profissional é tentar focar na qualidade de vida, no bem-estar e praticar atividades físicas. Para os trabalhadores, ela ainda afirma que é preciso observar no ambiente de trabalho o que não está correto, prestar atenção em postura, relaxar a região dos ombros, cuidar o movimento do punho e avaliar se a cadeira que a pessoa está usando é adequada para aquela função.