Familiares do jovem Vitor Gabriel Nunes ocuparam espaços do Fórum em sessão que analisou caso ocorrido há dois anos; réus foram condenados
Foi de forma fria que Leonardo de Moraes Groth, de 24 anos, confessou um assassinato cometido há quase dois anos em Santa Cruz do Sul. Durante seu julgamento realizado nesta quinta-feira (15), em frente à juíza Márcia Inês Doebber Wrasse, ele admitiu: “Fui eu que matei ele”.
Instintivamente, os familiares do jovem Vitor Gabriel Nunes, de 18 anos, morto a tiros na madrugada de 28 de abril de 2023, no Bairro Esmeralda, desabaram em lágrimas no Fórum. O grupo ocupou boa parte dos assentos do Salão do Júri Gerson Luiz Petry para acompanhar o caso.
Eles ainda levaram cartazes escritos à mão, com pedidos de justiça. Em um deles, podia-se ler “Nossa família nunca mais estará completa”, junto das letras iniciais do nome do jovem. Em outro, foi escrito “Termina uma vida, nasce uma saudade”.

Promotor se emocionou em julgamento | Foto: Cristiano Silva
A reportagem da Arauto News 89,9 FM conversou com o pai da vítima. Jonathan Nunes, de 41 anos, falou da saudade que sente do filho. “É destruidor ouvir a pessoa falar da própria boca que matou teu filho. Foi o pior”, disse ele, bastante emocionado.

Vitor Gabriel Nunes tinha 18 anos
Durante sua fala nos debates, o promotor Gustavo Burgos de Oliveira também se emocionou com o drama da família, enfatizando o fato de que Vitor Gabriel Nunes não tinha antecedentes policiais. O pai Jonathan ainda relembrou que o filho foi morto cerca de duas semanas após completar 18 anos, e que o rapaz queria juntar dinheiro para uma comprar uma moto própria.
“Tinha o sonho de ser jogador de futebol, e jogava em um clube da cidade. Era um guri bom com todos e gostava de ajudar”, salientou Jonathan, que ao lado da bisavó de Vitor, Catarina Vieira, de 85 anos, segurou cartazes em homenagem ao jovem.
Condenações
Os dois réus julgados nesta quinta pelo crime foram condenados pelo corpo de jurados formado por cinco mulheres e dois homens. Leonardo de Moraes Groth foi sentenciado a 18 anos de prisão, enquanto Anderson Josiel da Silva, vulgo Lixão, de 38 anos, foi condenado a 9 anos e dois meses de reclusão. Ambos cumprem pena no Presídio Regional de Santa Cruz do Sul.
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