Absolvido em júri foi denunciado por tráfico após flagrante do Denarc

Absolvido por um conselho de sentença formado por quatro homens e três mulheres em júri realizado na última quinta-feira (10), Rangel Pereira, de 45 anos, retornou ao Presídio Regional de Santa Cruz do Sul em escolta da Polícia Penal após a sessão.

Mesmo que não tenha sido responsabilizado judicialmente pelo assassinato de Fabiano da Rosa, de 38 anos, ocorrido em outubro de 2018, o acusado permanece preso preventivamente em decorrência de outra investigação.

Ele foi denunciado pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul (MP-RS) por tráfico de drogas e associação para o tráfico, após ser preso em flagrante pelo Departamento Estadual de Investigações do Narcotráfico (Denarc) de Porto Alegre com mais de 20 quilos de maconha, em 6 de janeiro deste ano, no Bairro Bom Jesus.

Na sessão do Tribunal do Júri do último dia 10, tanto o promotor Gustavo Burgos de Oliveira, como o delegado Alessander Zucuni Garcia, mencionaram a captura, que foi realizada por agentes da 3ª Delegacia de Investigação do Narcotráfico (3ª DIN) do Denarc.

Em 6 de janeiro, uma segunda-feira à tarde, os agentes estouraram um depósito da facção Os Manos. Os policiais da especializada vinham investigando uma célula da organização criminosa que realizava em um imóvel da Rua Marcílio Dias grandes movimentações de entorpecentes e transações do tráfico.

Em determinado momento, durante monitoramento próximo ao local, os agentes flagraram quando um homem chegou em um Chevrolet Vectra prata. Ao abrir o porta-malas, um dos envolvidos retirou um saco plástico em que estavam 23,1 quilos de maconha, o entregando ao homem que já estava na casa, este que era Rangel.

Nessa hora, os agentes saíram da viatura, apreenderam a droga e prenderam os dois em flagrante. Ambos foram encaminhados ao Presídio Regional de Santa Cruz do Sul. Na sequência do procedimento, a Justiça homologou o flagrante e converteu a prisão de Rangel em preventiva.

A defesa do investigado chegou a pedir a revogação da preventiva, mas foi negado pelo Poder Judiciário. O MP-RS então ofereceu denúncia contra ele por tráfico de drogas e associação para o tráfico, em processo que segue tramitando na 1ª Vara Criminal de Santa Cruz do Sul.