Artista plástico autodidata é natural do Amazonas e foi contratado para integrar a equipe do diretor artístico Sérgio Ávila
A multidão que lotou a rua Marechal Floriano e que desfilou na manhã deste domingo (13) faz história nesta 39ª Oktoberfest, num dia de sol que foi propício para acompanhar essa que é uma das principais atividades do cronograma da festa. A beleza dos carros alegóricos que enalteceram o tema “Esperança, Fé, Plantar e Colher”, dentro do bicentenário da imigração alemã, encheram os olhos por diversas razões. Um deles, no entanto, mexeu com a memória recente dos gaúchos.
O cavalo Caramelo foi um símbolo de força e esperança na enchente histórica vivida em maio deste ano e ganhou uma alegoria: Resiliência, homenageando os gaúchos atingidos pelas cheias e a grande mobilização voluntária realizada em todo país. O autor deste cavalo esculpido em isopor é um artista plástico autodidata desde criança e se chama Antonilson Rodrigues Silva, natural do Amazonas, do município de Maués, a terra do Guaraná, como ele identifica.
O artista trabalhou no festival de Parintins, assim como fez carnaval em vários lugares, como São Paulo. O artista veio parar no Rio Grande do Sul em 2021, ao fazer uma decoração de Natal no município de Tapejara. No ano seguinte, em Água Santa, município onde fixou residência com sua família.
Foi no início desse ano que um amigo o indicou pra fazer uma escultura para o carnaval santa-cruzense, o tigre para a Escola de Samba Imperadores do Ritmo, e assim acabou se aproximando da Terra da Oktoberfest. Mas foi um amigo que lhe apresentou a Sérgio Ávila, no centro de Porto Alegre, e então surgiu o convite para integrar a equipe e confeccionar o cavalo Caramelo.
Em cinco dias, a escultura estava pronta. “Pra mim foi bem legal, um desafio novo. Eu nunca tinha feito cavalo. Mais gostei, eu sou um pouco dedicado no acabamento”, confessa Antonilson. Ele explica que procurou retratar um cavalo não tão magro, “porque mesmo quando estava em cima da casa, bem debilitado, eu prefiri fazer um pouco mais forte pra não passar uma imagem mais triste”, confessou ele, que com sua arte ajudou a eternizar um momento histórico para os gaúchos e a mostrar a força, a resiliência e a empatia que emocionou a todos.
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