Covid 19

Geolocalização é usada para monitorar aglomerações durante pandemia no RS

Publicado em: 15 de abril de 2020 às 08:48 Atualizado em: 22 de fevereiro de 2024 às 08:35
  • Por
    Guilherme da Silveira Bica
  • Fonte
    Governo RS
  • Foto: Felipe Dalla Valle / Palácio Piratini
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    Ferramenta identifica o perímetro onde o celular permanece à noite e compara, durante o dia, a movimentação

    Em transmissão ao vivo nesta terça-feira (14), o governador Eduardo Leite apresentou o funcionamento da ferramenta de geolocalização, utilizada como meio de verificar se há aglomerações neste momento em que é sugerido o distanciamento social para se evitar a disseminação da Covid-19. Amparada pela Lei Geral de Proteção de Dados, a geolocalização é um acréscimo eficaz no que diz respeito à elaboração de políticas públicas. 

    Leite disse que, em nenhum momento, há monitoramento de informações a respeito dos usuários de celular. "A geolocalização identifica o perímetro onde o celular permanece à noite e compara, durante o dia, com a movimentação do aparelho, se permanece naquele perímetro ou muda de lugar", explicou. Isso dá uma noção mais clara sobre a adesão ao isolamento social. "Não há registro de nada pessoal, nada específico de usuários", acrescentou. "O celular está junto das pessoas na maioria do tempo. Nesse sentido, os dados emitidos se tornam confiáveis para visualizar se há aglomerações e onde. Juntamente com outras informações que temos no Gabinete de Crise, possibilita para o governo a implantação de políticas públicas mais eficazes no combate ao coronavírus, assim como ações de conscientização", explicou o secretário de Governança e Gestão Estratégica, Claudio Gastal.

    O Estado não prevê punição aos usuários que não estiveram isolados – sequer teria como fazer isso, uma vez que não há qualquer informação individual, como nome do dono do celular ou CPF –, e quer somente entender onde e por qual motivo há aglomerações.

    No RS, observou-se, depois da implementação das políticas de restrições de atividades, adesão de 50% dos gaúchos monitorados ao distanciamento social. O pico, de 70% de adesão, foi registrado no primeiro fim de semana da recomendação, entre os dias 20 e 22 de março.

    No feriado de Páscoa, o índice foi mais alto na sexta e no domingo e mais baixo no sábado. Na segunda-feira após o feriado o índice caiu – somente 46,9% respeitaram o distanciamento social. Esses dados foram obtidos pelo monitoramento da In Loco, empresa do setor de segurança da informação e antifraude, líder nacional em tecnologias de geolocalização.