Uma idosa de 71 anos, moradora do Bairro Santo Inácio, em Santa Cruz do Sul, quase caiu no chamado golpe do falso advogado. Ela foi salva pelo seu banco que, notando uma movimentação financeira suspeita, fez o alerta e evitou o prejuízo. O caso em questão aconteceu nesta sexta-feira (14), por volta das 14 horas.

A mulher recebeu uma mensagem via WhatsApp de um homem que se identificava como um conhecido advogado de Santa Cruz do Sul e tinha a foto do profissional no perfil. Ele informou que tinha trocado o número de celular. Na sequência, disse que havia sido expedida uma precatória que a vítima aguardava há muitos anos, fato que a fez acreditar na veracidade das informações.

Logo depois, o suposto advogado informou que um valor teria sido liberado, e que um representante do tribunal entraria em contato para tratar do depósito. Neste momento, foi solicitado um depósito via Pix no valor de R$ 4,5 mil, como taxa pelo valor a ser recebido. A vítima chegou a efetuar o pagamento, mas a operação não foi concluída, pois foi bloqueada pelo sistema financeiro.

Rapidamente, o banco ao qual a idosa é cliente a ligou informando que a conta tinha sido bloqueada devido às tentativas de transferência para tal destinatário. Diante do alerta da instituição financeira, a mulher entendeu que se tratava de um golpe. Posteriormente, ela entrou em contato com seu advogado.

Ele confirmou que não havia feito nenhum comunicado a ela, e que outros clientes dele também haviam sido abordados por golpistas. O caso foi registrado na delegacia e está sendo investigado. Os nomes da vítima e do advogado foram mantidos em sigilo pelas autoridades policiais.

Como funciona o golpe do falso advogado

O golpe do falso advogado é uma prática fraudulenta em que um estelionatário entra em contato com pessoas que têm processos em andamento na Justiça, se passando pelos advogados ou funcionários dos escritórios contratados por elas. Embora o envio de mensagens de um número desconhecido pareça suspeito, os fraudadores usam fotos dos profissionais ou das logomarcas dos escritórios de advocacia para enganar as vítimas.

Normalmente, os criminosos pedem a clientes, através do WhatsApp, transferências bancárias referentes a causas. Geralmente, os golpistas chegam a acessar os processos que não tramitam em segredo de justiça para descobrir informações sobre as partes envolvidas e pedir que paguem taxas para a liberação do dinheiro.