Ação da Brigada Militar resultou na morte de João Omar Lenz, de 44 anos, e deixou Anderson Padilha, de 26, ferido
Comandante do Comando Regional de Polícia Ostensiva do Vale do Rio Pardo (CRPO/VRP), o coronel Giovani Paim Moresco se pronunciou, em entrevista coletiva na tarde desta quinta-feira (14), sobre a ocorrência que resultou na morte de João Omar Lenz, de 44 anos, e deixou Anderson Padilha, de 26, ferido. O caso foi registrado na última sexta-feira (8) durante uma operação da Brigada Militar no Bairro Belvedere, em Santa Cruz do Sul.
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Moresco expressou solidariedade aos familiares da vítima e destacou a importância de respeitar o direito das pessoas se manifestarem. “Nós não vamos, em momento algum, debater sobre as manifestações dos familiares. O inquérito é a ferramenta adequada que vai nos trazer a dinâmica pela qual os fatos tenham acontecido. […] dependendo da análise do encarregado do inquérito, essas pessoas também poderão ser chamadas na qualidade de testemunhas, até para que tenha um momento adequado de reforçar a sua manifestação e contar aquilo que viu”, disse o comandante.
O coronel também fez uma comparação entre o número de ocorrências atendidas pela Brigada Militar ao longo do ano e a quantidade de disparos efetuados. Foram mais de 96 mil ações policiais em 2023 e quase 320 mil pessoas abordadas. “Dentre essas abordagens, apenas 34 disparos de arma de fogo foram registrados, demonstrando estatisticamente que o uso da arma de fogo é uma medida extremamente reduzida. Isso reforça que nosso trabalho é mais focado na prevenção do que no uso de força armada", explicou Moresco.
Segundo o comandante, um inquérito policial militar foi instaurado para esclarecer os eventos da noite da ocorrência. O capitão Renan Dutra é o responsável e tem um prazo de 40 dias para concluir o processo. “Então, nesse caso, também já que serve de orientação para as pessoas. Nós reforçamos essas orientações. O policial militar tem o direito previsto em lei de, em última instância, fazer uso de arma de fogo, desde que observados os preceitos da gradualidade no exercício da força, culminando, com a última instância, uso da força letal”, falou.
O comandante reforçou que a Brigada Militar aguardará os resultados do inquérito para emitir uma posição oficial sobre a atuação dos policiais na ocorrência. “O afastamento de policiais é uma questão administrativa, que o comando vai analisar e vai emitir o seu parecer. Neste atual momento, na atual circunstância, não é sequer analisada por nós. Nós estamos analisando a questão dos fatos acontecidos. O inquérito policial vai avaliar toda a circunstância, desde a atuação policial militar até a finalização da ocorrência e as suas repercussões”, colocou.
*Colaborou o repórter Nícolas Silva
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