Polícia

Santa Cruz registra uma mulher agredida a cada 46 horas

Publicado em: 14 de julho de 2022 às 14:49 Atualizado em: 03 de março de 2024 às 22:13
  • Por
    Eduardo Elias Wachholtz
  • Fonte
    Portal Arauto
  • Foto: Divulgação
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    Dados estão no Observatório da Violência Contra a Mulher

    Tiara. Heidi. Denise. Podem parecer nomes aleatórios, mas são mulheres que tiveram a vida ceifada por pessoas com quem já compartilharam sonhos e confissões. As moradoras do Vale do Rio Pardo foram as vítimas mais recentes de um crime que faz parte da realidade brasileira – o feminicídio.

     Os crimes, registrados em Santa Cruz e Candelária, chocam a comunidade regional e colocam o assunto em evidência. São 20 dias que separam a morte de Tiara Schlosser, em 21 de junho, por esganadura, e Denise Inês de Bairros, em 13 de julho, morta a tiros. Heide Juçara Priebe faleceu, em 08 de julho, depois de ser baleada.

    Apenas uma das vítimas havia solicitado medidas protetivas. Heide havia feito o pedido uma semana antes do crime, em 04 de julho. “Ela tinha registrado apenas uma ocorrência, de que ele estava perseguindo ela e insistindo na retomada do relacionamento”, detalhou a responsável pela Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam) de Santa Cruz do Sul, Raquel Schneider.

    A delegada explicou que são diferentes órgãos de Santa Cruz que trabalham em conjunto. O registro pode ser feito na Deam, na Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA) e na Brigada Militar. Outro canal de denúncia é o Disque 180 e o Disque 100, serviços nacionais que direcionam as denúncias para as autoridades responsáveis.

    Violência

    Dados do Observatório da Violência Contra a Mulher mostram que, em Santa Cruz, foram 133 registros de ameaça nos primeiros cinco meses do ano, 78 agressões e 11 estupros. O painel da Secretaria Estadual da Segurança Pública traz dados de janeiro até o final de maio. Em média, ocorre um estupro a cada 13 dias e uma mulher é agredida a cada 46 horas.