Paciente testou positivo para o vírus nesta semana. Ao Grupo Arauto, relatou importância de se manter tranquila
“Estou bem. Os sintomas estão diminuindo e isso vem me dando ainda mais força para enfrentar a doença”. O relato é de uma profissional da saúde, de 35 anos, vera-cruzense, que testou positivo para coronavírus nesta semana. Apesar de somar aos casos confirmados, sendo o primeiro em Vera Cruz, ela não é apenas mais um número. É mulher, mãe, filha e técnica de enfermagem dedicada, sobretudo no cuidado de pacientes na ala de Covid-19 onde trabalha no Hospital Santa Cruz.
Entre os primeiros sinais, sentiu dor de garganta. Após, apareceram a falta de ar, a dor no corpo e no pulmão ao respirar. “Logo que comecei a me sentir mal procurei o médico, coletei material para o exame e fiquei em isolamento. Precisava saber logo se tinha ou não a doença pelo bem da minha família e para que pudesse me afastar do contato com eles”, conta. Aliás, essa sempre foi sua preocupação: cuidar dos pais e dos filhos, de três e cinco anos. Por isso, desde que passou a tratar pacientes com coronavírus redobrou os cuidados de higiene. “Todas as minhas roupas eram lavadas em separado. Antes de sair do hospital tomava banho e quando chegava em casa tomava de novo”, revela. Agora, depois da confirmação, essa preocupação é redobrada e o isolamento tem sido feito num quarto da casa. “Fico aqui pelo bem deles. Recebo o alimento sempre na porta, conversamos de longe e não saio”, completa.
FORÇA E TRANQUILIDADE
Com a mesma força que todos os dias trabalhava na linha de frente ao combate da Covid-19 é que hoje ela enfrenta a doença. “Estou tranquila, porque sei os cuidados que preciso tomar e que tudo em breve vai passar”, frisa. A profissional conta que desde que soube do resultado do exame, na última terça-feira, buscou manter a calma e tranquilizar a família. “A gente nem sempre está preparada para isso. Claro, convivo todos os dias com pacientes da doença, mas quando acontece com a gente é preciso manter a mesma força. E por ser profissional da saúde sei bem o quanto isso é importante, não só para mim, mas para todos ao meu redor”, afirma.
E, por falar em força, a técnica de enfermagem conta que sempre que um paciente saía do hospital, recuperado ou melhor, esse era o sentimento. “Você não imagina o que é ver um paciente chegando mal e depois no quarto, conversando e bem. Isso encoraja a gente todos os dias para ir trabalhar. Não é fácil deixar os filhos em casa e ir para a linha de frente, mas recompensa saber que estou fazendo algo de bom para outras pessoas”, conta. E é para a profissão que tanto ama, para o cuidado ao próximo junto com os colegas, que ela pretende retornar assim que se recuperar. “Quero voltar logo, mas sei que preciso me cuidar agora. E é isso que peço às pessoas, que se cuidem e fiquem atentas a qualquer sinal. Isso pode acontecer com qualquer um, porque a doença não escolhe, mas a prevenção pode partir de todos”, alerta a vera-cruzense, que preferiu manter seu nome no anonimato.
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