Na alta complexidade, são 2.611 pacientes na espera considerando 13ª e 8ª CRS, sendo 1.284 santa-cruzenses
Uma reunião realizada no Palacinho, em Santa Cruz do Sul, na tarde desta terça-feira (14), organizada pela Administração de Santa Cruz, buscou cobrar ações do Governo do Estado na área da saúde. Com a apresentação da situação financeira de cada hospital do município e o volume de recursos aportados por cada esfera de governo, o secretário da Saúde de Santa Cruz, Rodrigo Rabuske, realçou os números que demonstram investimento do Município nos hospitais locais. São R$ 316 milhões previstos para a saúde pública em 2025, o equivalente a 33% do orçamento municipal. A intenção do encontro, que contou com a presença da secretária estadual Arita Bergmann, representantes dos hospitais Santa Cruz, Ana Nery e Monte Alverne, vereadores, Ministério Público e até pacientes, é ainda criar um plano para reduzir as filas de espera por cirurgia.
As filas de espera de média complexidade em Santa Cruz do Sul contam com 453 pacientes em traumato-ortopedia, 582 em cirurgia-geral e 80 em ginecologia. Na abrangência da 13ª Coordenadoria Regional da Saúde, 265 pacientes esperam por cirurgia vascular – varizes, sendo 11 de Santa Cruz.
Já na alta complexidade, considerando 13ª e 8ª CRS, são 832 pacientes na espera em oftalmologia – sendo 615 de Santa Cruz; 198 em hemodinâmica – sendo 46 de Santa Cruz; 43 na fila por cirurgia cardíaca, sendo 10 de Santa Cruz; 169 vasculas, sendo 34 de Santa Cruz; e 1.369 em traumato-ortopedia, sendo 579 de Santa Cruz. No total são 2.611 pacientes na espera, sendo 1.284 santa-cruzenses.
Como curiosidade, Rabuske informou que o paciente mais antigo na fila é de Vera Cruz e ingressou em abril de 2016 para artroplastia de revisão ou reconstrução do quadril. Mesmo procedimento que está na fila o paciente mais antigo de Santa Cruz, que ingressou em abril de 2018.
A Secretária Estadual da Saúde sugere que o Município faça a qualificação dos casos de fila para que o Governo do Estado possa montar um plano de apoio. Na prática, mapear os casos de baixa, média e alta complexidade através dos sistemas Gercon e Gerint. “Encaminhamos atividades concretas para que o município de Sata Cruz e região, em conjunto com Governo do Estado, para que possamos ampliar serviços naquelas áreas que serão elegíveis dentro da capacidade instalada, para ofertar serviços e diminuir o tempo de espera pelo cidadão que aguarda consulta de especialidade ou cirurgia. Prevaleceu o diálogo e a disposição em conseguir alternativas conjuntas“, frisou Arita, falando em programa regional que pode ser criado no município.
O prefeito Sérgio Moraes sugeriu a criação de um grupo de trabalho para manter as discussões. Inclusive já há previsão para uma nova reunião, desta vez com o grupo de trabalho definido, para a próxima quarta-feira, dia 22, às 10 horas. “É muita gente nas filas aguardando por muitos anos. A média de oito anos é muito tempo e isso não me serve“, resumiu ele, que conseguiu reunir muitas autoridades para solucionar a questão.
O Secretário da Saúde de Santa Cruz reforçou que não adianta falar sobre problemas, e sim sobre soluções. “Santa Cruz faz muito além de sua obrigação legal e cobra mais eficiência e repasse do Estado“, frisou Rodrigo Rabuske, salientando que o grupo de trabalho faz o levantamento de toda a demanda de média e alta complexidade e do custo das cirurgias para um mutirão ou ação nesse sentido, para solucionar essa questão importante na saúde pública.
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