Mathias Bertram, presidente do Conselho de Desenvolvimento de Pinheiral, busca diálogo para inserir ajustes ao projeto da concessionária
É anseio antigo da comunidade regional a duplicação da RSC-287. Mas junto da necessidade vem a preocupação de algumas localidades com questões ligadas à mobilidade, segurança e economia. O presidente do Conselho de Desenvolvimento de Pinheiral (Codepin), Mathias Bertram, foi entrevistado na Arauto News e reforçou as demandas da localidade e a necessidade de diálogo com Governo do Estado e Rota de Santa Maria para buscarem soluções.
“Eu resido na 287 desde que nasci, conheço muito bem a rodovia e sei que a duplicação está atrasada. Sempre fomos favoráveis à duplicação e sabemos a quantidade de vidas que a rodovia já ceifou e tem ceifado em virtude de ser pista simples ainda. As pessoas ultrapassam e invadem pista contrária e normalmente os acidentes se tornam mais trágicos”, frisou Bertram. Ele relembrou os movimentos criados, com apoio de entidades e empresariado, para apoiar a duplicamos, “mas agora estamos no momento de resolver questões pontuais para as comunidades atingidas”.
Em Pinheiral, frisou ele, existe a necessidade de “implantação de rotatórias, rótulas, pistas laterais, viaduto se for o caso, passarela, pois sabemos que haverá um canteiro ou mureta central para dividir as pistas. Mas sabemos que a comunidade local, de quase três mil habitantes, e aumenta se considerar as adjacências, precisa se locomover às margens da rodovia. O que não queremos é que haja um retrocesso”.
O empresário foi além e deu o exemplo de Linha Seival, de onde muitos vão a Venâncio Aires, Monte Alverne e outros destinos, é preciso uma rotatória para facilitar o trânsito. Outra demanda é um retorno a ser previsto na Travessa Rabuske. “Informalmente há a informação de que vai haver esse retorno nas proximidades do Hospital Veterinário, o que seria um alento. Mas existem muitos anseios da comunidade e estamos de mãos atadas”, declarou.
Bertram acrescentou, em nome da comunidade de Pinheiral, que “ninguém quer andar 10 quilômetros ida e volta para chegar na sua casa. Não queremos inviabilizar o crescimento da nossa localidade. A 287 é um polo logístico e se a rodovia não atender, teremos grandes prejuízos ali na frente”.
Apesar de reconhecer possíveis entraves e prejuízos até com clientes em estabelecimentos, Mathias prefere se manter otimista quanto aos benefícios que a duplicação vai trazer. A intenção, portanto, é aproximar os retornos para minimizar os impactos negativos às empresas.
Mathias também reivindica a redução de velocidade em alguns pontos até com lombadas eletrônicas, e que o trecho seja considerado urbano, prevendo a passagem de pedestres. “A gente quer esse diálogo. Sabemos que o Estado quer uma rodovia mais rápida, mas a comunidade precisa ser ouvida. Não podemos perder a mobilidade, temos um projeto alternativo que já apresentamos ao Grupo Sacyr com sugestões de alterações, então que as demandas sejam vistas com carinho para minimizar os impactos à comunidade, inclusive econômicos às empresas que margeiam a rodovia”, frisou.
Mathias Bertram espera estreitar o diálogo, inclusive com novo governo municipal, buscando o apoio nessa mobilização junto ao Governo do Estado e a Sacyr, para a defesa dos pleitos da comunidade de Pinheiral e arredores.
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