Existem dois tipos de orgulho. Primeiro, o sentimento de satisfação de si próprio, que é positivo, se não demasiado. O outro, negativo, é aquele que coloca barreiras entre nós e as outras pessoas.
Existem dois tipos de orgulho. Primeiro, o sentimento de satisfação de si próprio, que é positivo, se não demasiado. O outro, negativo, é aquele que coloca barreiras entre nós e as outras pessoas.
É bom o sentimento de satisfação quando empreendemos alguma coisa e vamos até o fim com vitória. Sabemos que nos esforçamos e que valeu a pena. A alegria interna que chega em forma de paz e serenidade, a felicidade calma, nos recompensa de todo o possível sofrimento da caminhada. Bom estar feliz consigo mesmo.
Mas vejamos a outra face: o orgulho que nos impede de ir adiante. Aquele sentimento que nos separa até das pessoas mais queridas.
Por orgulho não reconhecemos nossos erros. Às vezes até reconhecemos em nós, interiormente, com aquela dorzinha fina de ter que admitir que se está errado. E por que não admitimos, não pedimos perdão. Preferimos viver com aquele sentimento angustiante do que ter que nos rebaixar (seria se rebaixar realmente?) a confessar que estamos errados. Quanto tempo jogamos no lixo por causa disso!
Triste mesmo é quando nos feriram, nos pedem perdão e ainda assim o orgulho nos prende. Quando somos incapazes de fazer com que o amor fique mais forte e maior que a mágoa.
Há famílias onde existem pessoas que ficam anos sem se comunicar porque um dia alguém fez alguma coisa que magoou o outro. E cada um fica do seu lado, com sua razão, sozinho no seu direito de estar certo e não dar o braço a torcer. Cada qual está atado ao seu orgulho e carrega isso até a morte, onde geralmente se pergunta se não deveria ter agido de outra forma. Mas então já é tarde…
Não teria todo mundo direito ao erro? Somos nós assim tão perfeitos para julgar e condenar os que falharam em alguma coisa?
Quem nunca precisou de perdão? Quem caminhou sempre em linha reta, sem ter tropeçado uma vez ou outra nas estradas da vida?
Não vale a pena deixar de falar com as pessoas porque nos magoaram, não vale a pena não reconhecer nossos erros por medo de humilhação. Não vale a pena deixar de ir a algum lugar porque fulano ou cicrano vai estar presente. Não vale a pena deixar o orgulho dominar nosso eu.
Não vale a pena deixar de viver enquanto vivemos. De bem com a vida, consigo, com o mundo… de bem com todos!
É preciso liberar-se do orgulho que impede de viver. Sem fardos caminhamos mais facilmente e com certeza seremos capazes de irmos muito mais além.