Levantamento preliminar indica que produtos tradicionalistas gaúchos movimentam R$ 1 bilhão por ano
A Secretaria de Desenvolvimento Econômico (Sedec) propôs uma pesquisa sobre o consumo de produtos tradicionalistas gaúchos com o objetivo de mensurar o potencial econômico gerado por essa cadeia na economia do Rio Grande do Sul. Um estudo científico inédito será elaborado pela Universidade Feevale.
Na terça-feira (11), a instituição explanou o levantamento preliminar sobre os impactos do tradicionalismo gaúcho no Produto Interno Bruto (PIB) do Estado. Conforme dados iniciais, os produtos tradicionalistas gaúchos movimentam R$ 1 bilhão por ano. O relatório indica que somente os itens relacionados ao chimarrão movimentam R$ 176 milhões, reunindo 180 mil agricultores, que cultivam 77 mil hectares de erva-mate em 486 municípios do Sul do Brasil.
Estima-se que a indumentária dos gaúchos e das prendas soma cerca de R$ 150 milhões. Já o setor de eventos, como rodeios, bailes e outras atividades de lazer, movimentam R$ 158 milhões. Os gastos com animais (cavalo, encilha, transporte) chegam a R$ 342 milhões. Hoje, o Rio Grande do Sul tem 1,8 mil Centros de Tradições Gaúchas (CTGs) espalhados pelo Estado.
O titular da Sedec, Ernani Polo, explicou que uma das finalidades do projeto é facilitar o entendimento sobre os reflexos da cadeia. "Por meio dessa pesquisa acadêmica, será possível catalogar a geração de emprego e de renda desse setor produtivo."
O reitor da Universidade Feevale, Cleber Prodanov, afirmou que o estudo pode ser um caminho para políticas públicas de fomento às tradições. "Será uma ferramenta séria e científica para subsidiar ações em prol do desenvolvimento dessa área de relevância econômica e cultural”, salientou.
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