Empreendimento administrado por Erni Dockhorn se localiza na Marechal Floriano e atrai degustadores de toda região
É unanimidade. Não há como vir a Santa Cruz do Sul e não provar o tradicional Sorvete do Quiosque da Praça. Há mais de 70 anos no município, o empreendimento conquistou o paladar não só dos santa-cruzenses, mas dos apaixonados pelo doce de toda a região. E, apesar de ter mudado a forma de produção do sorvete ao longo do tempo, o que nunca muda é a fórmula de fazê-lo, que o deixa com um sabor único, especial e que desperta as mais diversas sensações em quem prova essa delícia.
A história do Quiosque se confunde com a do atual proprietário, Erni Dockhorn. Aos 15 anos, ele saiu da localidade de Monte Alverne – onde residia – para iniciar no primeiro emprego como sorveteiro, quando o negócio era administrado por Antelmo Emmel. Na época, década de 70, ainda não existiam as máquinas expressas e a maneira de produzir o sorvete era diferenciada. “Tínhamos uma máquina bem grande e ela tinha um cilindro no meio, que girava ao redor de álcool. Então eu fazia a calda, colocava dentro daquele cilindro e fazia o sorvete”, conta.
Já na década de 80, com surgimento das máquinas de sorvete expresso, o empreendimento adquiriu dois equipamentos – importados de uma empresa italiana para Lajeado – e, desde então, comercializa o doce dessa forma, mas com o mesmo sabor. “O Sorvete do Quiosque tem uma fórmula desde aquela época, que é 100% leite, isso nunca mudamos. E naquela época até pouco tempo, tínhamos aqui o Seu Evaldo, que por muitos anos foi o nosso sorveteiro. Oferecemos dos sabores mais tradicionais, que são o de Chocolate e Creme e Morango e Nata, até os outros de frutas. E aos domingos à tarde, vem gente de toda a região só para degustar”, destaca.
Apesar de nunca ter imaginado chegar ao cargo de dono do estabelecimento, Dockhorn sempre nutriu esse sonho. E não só conseguiu realizá-lo, como foi o responsável por dar uma nova cara à sorveteria e também ao restaurante do Quiosque da Praça, pensando sempre em oferecer um ambiente diferenciado aos santa-cruzenses e a quem frequentava o local. "Aprendi muito e tenho muito orgulho do que fiz aqui no passado. No início as pessoas se assustaram, mas essa reforma que fiz no Quiosque foi um divisor de águas para todos os restaurantes de Santa Cruz. Antes disso, os estabelecimentos não tinham ar-condicionado, os banheiros e outros ambientes não eram dos melhores e, depois que reestruturamos aqui, todos melhoraram, começamos um novo padrão, que não tem nada de fino, mas ofecere qualidade e conforto aos clientes", avalia Dockhorn, que ainda aguarda, muito em breve, um novo recomeço pós-pandemia.