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“Estamos sob risco de colapsar o nosso sistema de saúde”, diz presidente do hospital

Publicado em: 12 de fevereiro de 2021 às 18:25 Atualizado em: 01 de março de 2024 às 12:32
  • Por
    Bruna Oliveira
  • Fonte
    Portal Arauto
  • Foto: Divulgação
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    Casa de saúde opera em capacidade máxima e passa a transferir pacientes para outros municípios

    A ocupação de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e do setor Covid do Hospital São Sebastião Mártir, em Venâncio Aires, aumentou drasticamente nas últimas semanas. O governo municipal já vê taxa diária de infecção em nível maior. Somente nesta sexta-feira (12) foram registrados 93 novos casos da doença.

    Em entrevista à reportagem, o presidente do Hospital São Sebastião Mártir (HSSM), Luciano Spies, relatou que a situação é preocupante, sendo constatado sobrecarga no sistema de saúde do município. A elevação de casos está refletindo diretamente nas internações do HSSM, que opera, atualmente, em capacidade máxima, necessitando transferir pacientes para outras casas de saúde. 

    “Nós temos oito leitos de UTI habilitados e temos dez confirmados. Estamos atendendo em 25% além da nossa capacidade, sob risco da gente colapsar o nossos sistema de saúde. É o nosso limite e somos obrigados a mandar as pessoas para outros municípios […] por isso, a gente pede que as pessoas evitem aglomerações, usem máscara e se protejam”, diz o presidente do Hospital São Sebastião Mártir.

    Ainda, de acordo com Luciano Spies, nos próximos dias um segundo plantonista vai começar a atuar no Pronto Atendimento (PA) para ampliar o atendimento no setor e evitar o contato do profissional com os pacientes positivados. Além disso, segundo o presidente da casa de saúde, a medida extrema, que fecharia o PA para ocupar os leitos de UTI e do setor Covid, pode ser aplicada se o aumento expressivo de casos continuar.

    “Transformar o PA em atendimento Covid, seria a única forma para aumentar a nossa capacidade de leitos, porém ficaríamos sem o pronto atendimento e seria algo danoso para toda a saúde do município, pois as pessoas que se acidentam, por exemplo, deveriam ser transferidas, o que demandaria tempo […] esperamos que não seja necessário, mas os números vem indicando que isso aconteça”, relata Luciano Spies.