Política

Legislativo exonera dois e comunidade pressiona por mais ação

Publicado em: 11 de dezembro de 2017 às 18:17 Atualizado em: 19 de fevereiro de 2024 às 17:18
  • Por
    Bruna Lovato
  • Fonte
    Portal Arauto
  • Foto: Lucas Batista/Jornal Arauto
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    População quer que suplentes assumam e cobra respostas dos vereadores

    A sessão na Câmara de Vereadores de Vera Cruz desta segunda-feira (11), foi a primeira a ser realizada após a Operação Fura Fila, desencadeada na última terça-feira (5), em que a fraude na saúde acontecia por meio da troca de níveis, assim também como beneficiamento de apadrinhados em serviços na parte da agricultura. O encontro durou pouco mais de uma hora e, no final, a população presente cobrou respostas dos vereadores que pouco se manifestaram sobre o assunto. Horas antes, como medida, o Legislativo exonerou o assessor parlamentar Gelson Fernandes Moura e a diretora-geral da Câmara de Vereadores, Ilse Miguelina Borges Riss. A escolha pelos dois foi pelo fato de que recebiam os maiores salários. Os assessores Guilherme Matheus Oziemblovski e Anselmo Eli Ferreira Júnior seguem afastados, ou seja, sem trabalhar e recebendo o salário.

    Um dos presentes, Neuri Putzke, lembrou do pai que acabou falecendo após esperar por anos na fila de espera do Sistema Único de Saúde (SUS). Ele e os demais presentes exigem que os outros envolvidos sejam exonerados e que o Legislativo chame os suplentes para ocuparem os três cargos em aberto: dos vereadores Eduardo Wanilson Martins Viana, Marcelo Rodrigues Carvalho e Mártin Fernando Nyland, este último foi exonerado do cargo de secretário de Desenvolvimento Rural e Meio Ambiente, voltou para o posto de vereador, mas foi afastado. A Câmara conta com apenas oito vereadores pelos próximos 120 dias, ou até que surja uma nova decisão judicial. 

    Em entrevista ao Jornal Arauto na semana passada, o novo presidente da Casa, Horst Frederico Schuch, disse que em relação aos servidores investigados, eles não foram exonerados tendo em vista o fechamento das contas de 2017. “Não posso ser apontando pelo Tribunal de Contas se extrapolar o teto da folha de pagamento”, disse Schuch, já que a exoneração gera um alto custo de rescisão. No ano que vem, com o novo orçamento do Legislativo, ele confirma que vai exonerar os demais. 

    Abaixo-assinado

    Por fim, os presentes organizaram um abaixo-assinado para que o Legislativo afaste, definitivamente, os vereadores investigados e que continuam recebendo o salário mesmo sem trabalhar. Ou, caso isso não ocorra, que renunciem dos cargos ou peçam licença.