Berçário Mãe de Deus

Arroio que vitimou criança já registrou morte de um homem há quatro anos

Publicado em: 11 de novembro de 2024 às 14:19 Atualizado em: 11 de novembro de 2024 às 15:09
  • Por
    Kássia Machado
  • Segundo relatos, o menino e demais crianças estariam “dando ponta” na água em cima de um galho dentro do riacho | Kássia Machado/Grupo Arauto
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    Na manhã desta segunda-feira, a reportagem do Grupo Arauto esteve no local e conversou com moradores

    Na tarde desse domingo (10), o Corpo de Bombeiros Militar de Santa Cruz do Sul e a Brigada Militar (BM) foram acionados após o desaparecimento de um menino de 10 anos em um arroio, localizado atrás do Loteamento Berçário Mãe de Deus, no Bairro Santuário. Após buscas, o corpo foi localizado pelos bombeiros e populares.

    Na manhã desta segunda-feira (11), a reportagem do Grupo Arauto esteve no local e conversou com moradores. Segundo relatos, o menino estava acompanhado de outras crianças em um riacho, ao final das ruas que compõem o loteamento. Elas estariam “dando ponta” na água em cima de um galho dentro do riacho. As demais crianças conseguiram sair, mas o menino de 10 anos acabou se afogando e desaparecendo na água.

    De acordo com os moradores, com as temperaturas mais elevadas, é frequente o movimento de pessoas no riacho, especialmente de crianças. O arroio é formado pela junção do Rio Pardinho com o arroio Sanga Preta, onde também são depositados alguns resíduos da cidade. Segundo um morador, em dias mais quentes o local apresenta um forte odor de lixo, reforçando ser um ambiente impróprio para banho.

    Um deles relatou que, há cerca de quatro anos, um homem também morreu vítima de afogamento no arroio localizado atrás do Berçário Mãe de Deus.

    Uma moradora, que reside no loteamento há quatro anos, comentou que é comum ver pessoas cruzando a trilha com cadeiras de praia, buscando se refrescar no arroio. “Nunca deixei meus filhos irem até o arroio porque é perigoso. Deixo eles brincarem na frente de casa, mas sempre com supervisão”, descreve a moradora, que prefere não ser identificada. Seus filhos, com idades entre oito e nove anos, costumavam brincar com o menino e seu irmão gêmeo, além de outros irmãos, e demais crianças da mesma faixa etária.

    O sentimento no Loteamento Mãe de Deus é de tristeza. Alguns moradores também pediram a interdição do riacho, alegando que não é um local apropriado para banho.

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