Jerônimo Mendes Ribeiro explicou que o suicídio é um sinal de agravamento clínico de uma doença pré-existente
O mês de setembro é marcado pela discussão da saúde mental, colocando em foco a prevenção ao suicídio, com campanhas de conscientização sobre o tema. Anualmente, mais de 700 mil pessoas morrem por suicídio globalmente, e o Rio Grande do Sul se destaca com a maior taxa de suicídios no Brasil.
Em entrevista ao Grupo Arauto, o médico psiquiatra Jerônimo Mendes Ribeiro explicou que o suicídio não é uma doença, e sim, um sinal de um agravamento clínico de uma enfermidade pré-existente. “O suicídio nada mais é que um desfecho trágico de um transtorno mental grave. Em 99,9% dos suicídios existe um transtorno mental grave, não tratado ou de um tratamento que não foi encaixado”, afirmou.
Estudos indicam que cinco das dez doenças que mais incapacitam as pessoas, afastando-as de suas atividades diárias e profissionais, são transtornos mentais. “Cada vez mais a gente precisa entender isso não como um mero comportamento de alguém, seja explosivo, irritado ou preocupado demais, mas por trás disso pode haver um transtorno mental que está gerando sofrimento. Isso, em uma escala maior pode levar a ideação suicida e, infelizmente, em alguns casos, ao suicídio”, disse.
Ribeiro enfatizou também a importância de buscar ajuda profissional imediata, para que seja realizado um diagnóstico e identificado um tratamento adequado. “É importante ter o nome para poder tratar isso de uma forma farmacológica ou não farmacológica, mas é importante saber o que é. Isso é o fundamental. Muitas vezes as pessoas não sabem nem qual é o diagnóstico que tem”, destacou.
O médico alertou que, apesar de todas as pessoas passarem por momentos de tristeza e dificuldades, é crucial ficar atento quando esses sentimentos ultrapassam o normal e passam a causar sofrimento. “Sentimentos todos nós temos. A gente vai se sentir ansioso, irritado, preocupado. A questão é o sofrimento. A partir do momento que isso traz sofrimento”, pontuou.
Ribeiro ressaltou ainda que a instalação de leitos psiquiátricos nos hospitais é fundamental para o tratamento de casos graves, pois o médico pode acompanhar diariamente a evolução de um paciente, garantindo que ele receba o suporte necessário para retornar à sua casa e sua rotina.
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