Casal Ilvo Drescher e Josiane Schmitz espera melhora nos indicadores da pandemia para trazer uma novidade a Santa Cruz: música ao vivo todos os dias
Musical Animasom. Grupo Callendula. Banda Cheiro da Flor. Inesquecíveis conjuntos liderados por Ilvo Drescher, popular Cardeal. O apelido surgiu aos 13 anos, quando iniciava a sua marcante caminhada em Santa Cruz do Sul. Trabalhando como auxiliar de serviços em um posto de combustíveis, tinha uma característica muito marcante na época, sobremaneira observada pelos clientes e colegas: atender o público assobiando.
Em 1982, Drescher ingressou no conhecidíssimo Musical Animasom e, aos poucos, foi comprando as partes da sociedade até se tornar o único dono. Em 1997, fundou o Grupo Callendula, voltado aos bailes típicos e, em 2005, atento ao mercado, criou a Banda Cheiro da Flor. “Foi um estouro. Tocamos país afora, e até mesmo fora do Brasil. Por muitas e muitas vezes ficamos semanas longe de casa” recorda-se, emocionado.
Foi em atividade com a banda que o músico acabou encontrando aquela que se tornaria a sua parceria de vida e dos negócios. No começo do ano 2000, uniu-se à cantora Josiane Schmitz (Josi) e, desde lá, ao lado da cara-metade executa afinadas realizações. “Temos os mesmos gostos, a mesma paixão pela música. Somos muito parecidos, nos completamos. O Cheiro da Flor foi um grande desejo dela”, afirma o empresário.
Em 2010, iniciaram em Santa Cruz do Sul um projeto paralelo aos palcos, cuja iniciativa os tornariam conhecidos também na organização de eventos. “Criamos o Portal da Noite, todas as quartas-feiras à noite no Avenida. Não dava lucro, mas o pessoal gostava e isso nos realizava. Com o passar do tempo, o movimento foi crescendo, mudamos as festas de local, fomos lá para a Léo Kraether e, em 2012 inauguramos no centro o La Barca”, relembra o casal.
Porém, o empresário registrou o momento mais triste da sua vida logo depois, em 2013. Diante do prematuro falecimento do filho Gustavo, Drescher encerrou as atividades das bandas Callendula e Cheiro da Flor. “Não havia mais condições. Não há nada mais triste para um pai do que perder um filho. Não tinha mais condições de viajar para longe. O amor pelos filhos é único”, conta.
Há seis anos, nascia o Las Vegas
Em 2014, Drescher inaugurou o Las Vegas e, desde então, juntamente com a esposa e a família, acolhe bailarinos de toda a região nas famosas casas de festas. “Nossas sextas, sábados e domingos são ao lado dos clientes e amigos. Com a pandemia, tivemos que parar com os nossos animados bailes, estamos com saudades, mas logo, logo estaremos de volta e com muitas novidades. Fizemos tudo com muito amor. Mesmo ganhando na Mega-Sena, continuaríamos com as festas”, diz.
Enquanto a pista de baile segue sem o fiel público, o casal precisou se reinventar. Desde o começo da semana, os dois passaram a apostar no Restaurante Las Vegas. Com isso, ampliaram a já tradicional aptidão da família na área gastronômica, que fazia sucesso no começo da quarentena através dos pastéis e das cucas. “Assim que entrar a bandeira amarela vamos ter música ao vivo todos os dias durante o almoço aqui no restaurante, além da comida caseira e música boa para animar as pessoas. E nos finais de semana os famosos pastéis da Ode, as cucas, a galinhada, tudo feito com muito amor”, destaca Josi.
Até o fim da pandemia, as festas do La Barca e do Las Vegas seguem paradas. Mas o que não desmotiva o casal, pois estão recebendo retorno extremamente positivo dos amigos pela ativação do restaurante. “Muitos amigos já vieram. Isso inspira e contagia. Estamos confiantes. E é preciso pensar assim. Ter fé que tudo ficará bem. Todos serão bem-vindos” arremata Drescher.
Serviço:
Restaurante Las Vegas
Felipe Jacobus, 10
WhatsApp: (51) 99982-7545