Deputados da região divergem sobre o afastamento de Temer. Saiba como eles devem votar

Após o deputado Sérgio Zveiter (PMDB-RJ) apresentar seu relatório favorável à aceitação da denúncia contra o presidente Michel Temer (PMDB), a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ  deve dar ainda nesta semana o seu parecer a respeito. Para ter o relatório pela admissibilidade da acusação aprovado são necessários 33 votos, de um total de 66 deputados na comissão. A expectativa é de que o debate sobre a denúncia seja retomado nesta quarta-feira (12).

Para garantir a rejeição na CCJ, o Planalto tem se mobilizado na troca de deputados aliados e que estão na comissão. Apesar disso, a aprovação ou não do parecer não impede a apreciação e votação da denúncia no plenário da Câmara dos Deputados. Neste caso, ocorre processo idêntico ao que afastou por 180 dias a ex-presidente Dilma Rousseff. Para que o Supremo Tribunal Federal (STF) julgue a questão, serão necessários 342 votos de deputados favoráveis à denúncia.  

Heinze, Moraes e Schuch se manifestam

A reportagem do Portal Arauto entrou em contato com os Deputados Federais que representam o Vale do Rio Pardo em Brasília que se manifestaram a respeito do tema. Dois serão contra a aceitação da denúncia e um a favor.

Para o Deputado Luis Carlos Heinze (PP) a denúncia apresentada não é suficiente para afastar Michel Temer da presidência. "Sou a favor da permanência, sem ser necessário levar esse caso ao STF", limitou-se Heinze. O Deputado Sérgio Moraes (PTB), segue o pensamento de Heinze, mas salienta que sua posição será analisada juntamente com o partido. Uma reunião será realizada na tarde desta terça (11) para apontar o caminho a ser seguido pelos deputados da sigla. Mas uma posição contrária deve ser a opção do santa-cruzense. "Não devemos trocar de presidente mais uma vez. Com o Temer se afastando por 180 dias chegaríamos ao número de três presidentes em pouco mais de um ano. O meu voto é pensando no povo. O país não iria aguentar mais essas trocas", afirmou Moraes, que não descarta a possibilidade de um "fato novo" surgir antes da votação. "Hoje dificilmente haverá o afastamento, mas pode aparecer algo novo ainda nesta semana e pode mudar o voto de muitos deputados", conta. Quando perguntado sobre o que seria o fato novo, Sérgio Moraes preferiu não se manifestar.

O único deputado da região que se mostrou favorável ao afastamento de Michel Temer foi Heitor Schuch (PSB). "Em uma democracia a transparência é uma das coisas mais fundamentais que existem, se o presidente não fez nada de errado não há mal nenhum em ser investigado. Votarei a favor da aceitação da denúncia também porque preciso manter a coerência", disse o deputado, lembrando que votou a favor do processo que investigou Dilma Rousseff.

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