Região

Uninter Venâncio Aires troca o descarte de lixo por produção de resíduos

Publicado em: 11 de junho de 2017 às 09:49 Atualizado em: 19 de fevereiro de 2024 às 14:25
  • Por
    Luiza Adorna
  • Fonte
    Assessoria de Imprensa
  • Foto: Divulgação/Daiana Nervo
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    Local com circulação intensa de pessoas origina menos descarte do que residência com dois moradores

    Na Semana Mundial do Meio Ambiente, o exemplo trazido pelo polo do Centro Universitário Uninter, em Venâncio Aires, gera reflexões a respeito da compreensão da população com relação às sobras produzidas diariamente.

    No prédio com mais de 700 metros quadrados no centro da cidade, onde diariamente circulam mais de uma centena de pessoas, todo o “lixo” produzido ou trazido até o local é devidamente separado e destinado. Ao final do dia, o que sobra são apenas sacolinhas plásticas recolhidas com resíduos dos banheiros. “Na maioria das vezes é muito menos do que é fabricado em uma residência onde moram só duas pessoas aqui em Venâncio”, garante o responsável pelo caminhão de coleta de lixo no município, Paulo Lopes.

    A reduzida produção de lixo é explicada pela vice-presidente da Associação Amigos do Cemuc e Gestora Ambiental da Uninter, Norma Barden. Segundo ela, há alguns anos o polo não aceita o conceito de lixo como aquilo que não serve ou não se quer mais. O local trabalha com o termo resíduo, que pode e deve ser manejado de forma correta, separado, tratado e receber destinação adequada, em vez de ser dispensado no ambiente.

    Além de adotar há 10 anos lixeiras separadas para o resíduo seco e orgânico produzido pelos alunos e funcionários, a Uninter realiza conscientização interna para a destinação ecológica de todo o tipo de material. No polo são armazenados papel, papelão, isopor, lâmpadas, pilhas, material eletrônico e até restos de material de higiene bucal. Isso mesmo, escovas de dentes e tubos de pastas são guardados para, de tempos em tempos, retornarem ao fabricante que é responsável pelo recicle dos materiais.

    Com relação ao resíduo orgânico, como restos de alimentos, cascas e a erva-mate retirada das cuias ao fim do dia, esse é armazenado em composteiras e viram adubo há cada 20 ou 30 dias. Quando se debate no município o custo do lixo que, atualmente, gira em torno de R$ 5 milhões ao ano, Norma Bardem lembra que, em 1998, 57 municípios no Brasil deram início a campanhas de Coleta Seletiva do Lixo com o objetivo de diminuir o volume de resíduos. “Venâncio Aires era um destes municípios. Um mapa colorido com a cidade dividida em três áreas, dias alternados para recolhimento de lixo seco e orgânico, criação da Usina de Triagem, Departamento de Meio Ambiente, Conselho de Meio Ambiente, Cooperativa de Catadores, tudo isso foi desenvolvido na época. Mas, apesar do pioneirismo e das melhorias implementadas no sistema ainda vigente, o município continua tendo dificuldades para melhorar o serviço de coleta e destinação do lixo. Fala-se em redução de custos, mas o volume produzido é cada vez maior”, avalia a ambientalista.